1 mês do tarifaço: Brasil enfrenta impactos econômicos, tenta negociação com os EUA e reforça defesa da soberania

Por Dentro De Tudo:

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O tarifaço imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras completa um mês neste sábado (6). Desde então, o cenário econômico tem sido marcado por negociações diplomáticas, busca de alternativas para empresas exportadoras e declarações firmes do governo brasileiro em defesa da soberania nacional.

A sobretaxa de 50% foi anunciada em julho pelo presidente Donald Trump e entrou em vigor em 6 de agosto. Apesar das exceções aplicadas a cerca de 700 produtos — como aviões, fertilizantes, combustíveis e polpa de madeira —, estima-se que 35,9% das exportações brasileiras para os EUA foram diretamente afetadas.

Setores como siderurgia, autopeças, calçados e fruticultura sentiram de imediato os efeitos. No Ceará, onde mais de 90% das exportações vão para os EUA, o governo estadual decretou situação de emergência e iniciou a compra de produtos de empresas que perderam mercado. Já em Petrolina (PE), produtores de manga e uva temem não conseguir escoar suas colheitas no prazo de exportação.

Diante do impacto, o governo federal lançou o Plano Brasil Soberano, que prevê linhas de crédito de R$ 30 bilhões, prorrogação de suspensão de tributos e medidas de estímulo ao mercado interno. Além disso, acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os EUA e estuda aplicar medidas de reciprocidade.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou as decisões de Trump como “descabidas” e determinou que ministros reforcem a defesa da soberania brasileira. Segundo Lula, o Brasil não aceitará “desaforo, ofensas nem petulância de ninguém”, mas segue aberto ao diálogo.

Apesar da queda de 18,5% nas exportações para os EUA em agosto, o saldo da balança comercial brasileira foi positivo graças ao aumento das vendas para China e Argentina. Especialistas avaliam que o país precisa ampliar acordos internacionais e diversificar mercados para reduzir a dependência do comércio com os norte-americanos.

Foto: Arquivo Agência Brasil/EBC

Fonte: Agência Brasil / O Tempo

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