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147 pessoas são presas em operação que combate golpes virtuais em Minas

Por Dentro De Tudo:

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A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e a Polícia Federal (PF), por meio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), prenderam 147 pessoas envolvidas em estelionato digital durante operação “Se deu dúvida, é golpe!”, realizada durante o mês de novembro. Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (03) pelos órgãos de segurança pública.

Além de Minas, o trabalho integrado entre as forças conseguiu prender seis alvos localizados na Bahia, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo. Além do estelionato, os presos possuem envolvimento em outros crimes como furto e roubo, receptação, tráfico de drogas e moeda falsa.

Prevenção

A campanha, lançada em outubro, teve a presença de influenciadores, e, segundo a PM, contou com diversas peças publicitárias, divulgadas em outdoors e cartazes com dicas de segurança em locais com grande circulação de pessoas, em todas as regiões de Minas.

De acordo com o órgão, o objetivo é conscientizar a população mineira, principalmente os idosos, sobre a atuação de criminosos que utilizam a internet para aplicar os mais diversos golpes de estelionato, como pix errado, promoções tentadoras, falsos atendentes de bancos, cupons de descontos e boletos falsos.

Tendo o influencer Tião Bruto Sistemático como garoto-propaganda, a campanha integra as estratégias da Polícia Militar para redução da criminalidade em Minas e foi elaborada com base no tripé: comunicação, inteligência e operações.

Crimes contra idosos

Apenas no primeiro semestre de 2024, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, por meio do Disque 100, recebeu 90.310 denúncias de violência contra pessoas idosas. Do total, 24.631 foram de violência patrimonial e financeira.

De acordo com o Relatório Global sobre Tendências de Fraude Digital Omnichannel 2023, o prejuízo médio de um golpe com pix de uma pessoa 60+ é quase oito vezes maior que o prejuízo de um brasileiro de 18 a 39 anos.

“Isso acontece primeiramente porque eles tem mais dinheiro que os mais jovens. Quanto maior a faixa etária, mais dinheiro a pessoa tem porque já trabalhou e conseguiu juntar. O que acaba sendo muito cruel também, porque é um dinheiro que a pessoa trabalhou a vida toda e às vezes perde em um golpe”, explica Marcia Netto, CEO da empresa de segurança digital Silverguard. 

Veja dicas da Polícia Civil para fugir dos golpistas:

1 – Use apenas o aplicativo e site do próprio banco 

A chave Pix só pode ser acessada na própria conta bancária. Então, sempre utilize esse meio de pagamento no aplicativo ou no site oficial do banco. 

Desconfie sempre de mensagens recebidas com links para acessar sites e baixar aplicativos de bancos. 

2 – Nunca informe a senha da conta ou cartão de crédito 

Alguns criminosos pedem, além da chave Pix, a senha da conta bancária ou do cartão de crédito do consumidor para supostamente fazer uma transferência. 

Mas lembre-se: chave Pix é diferente de senha. Ao fazer um pagamento com Pix o único dado que é preciso informar é a chave – nenhum outro dado pessoal é solicitado. 

3 – Não utilize internet pública para o pagamento via Pix 

 As redes de wi-fi públicas podem ser porta de entrada para criminosos que miram o vazamento de dados pessoais e bancários. Essa entrada é facilitada pela falta de segurança dessas redes públicas, que podem ser infestadas de vírus. 

Por isso, sempre que for utilizar o aplicativo ou site do banco para fazer a transferência via Pix, utilize a sua própria rede de internet. De preferência, instale antivírus nos computadores e dispositivos móveis. 

4 – Confira se o dinheiro do Pix caiu na conta na mesma hora 

Ao receber um pagamento via Pix, esteja com o aplicativo de banco acessível para conferir o extrato na hora da transação ou aguarde a compensação para confirmar. 

5 – Atenção aos QR Codes 

Uma das formas de realizar o pagamento por Pix é enviando ou recebendo QR Codes, o que elimina a necessidade de inserir uma chave Pix. 

Por isso, sempre confira os dados da conta de destino que constam logo abaixo do QR Code. Isso evita muitos golpes do Pix, que são enviados por esse tipo de código. 

6 – Desconfie sempre de pedidos de Pix por aplicativos de mensagem 

Sabe aquela mensagem suspeita do filho ou do amigo que chega de um número estranho no WhatsApp? A foto é a mesma, mas a mensagem é pedindo um valor de Pix? 

Isso é golpe e ocorre quando o WhatsApp da vítima é clonado. Por isso, não faça a transferência e tente verificar pessoalmente, se possível, se a mensagem é da pessoa ou não. 

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