Mesmo com esforços do governo estadual para zerar a fila por cirurgias eletivas até 2028, cerca de 29 mil pessoas ainda aguardam procedimentos em Belo Horizonte. A principal dificuldade é a sobrecarga nos atendimentos de urgência, que afeta diretamente especialidades como a ortopedia, a mais demandada. Acidentes de trânsito e surtos de doenças respiratórias agravam a ocupação dos leitos hospitalares, adiando os procedimentos agendados.
Para reduzir o tempo de espera, o Estado aposta na descentralização, com a construção e ampliação de hospitais regionais. A meta é realizar a cirurgia entre 30 e 60 dias após o diagnóstico. Em 2024, Minas registrou mais de 1 milhão de cirurgias eletivas por meio do programa Opera Mais, mas especialistas alertam que a pressão por leitos continuará sendo um entrave.
Diante da demora, muitos pacientes optam por acionar a Justiça para garantir o direito ao procedimento. De 2023 a março de 2025, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais contabilizou 575 processos relacionados a cirurgias apenas na Comarca de Belo Horizonte, o que revela o impacto da fila na vida de milhares de pessoas.
Foto: Rodney Costa / O TEMPO
Fonte: Jornal O TEMPO, 19/05/2025
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