Casos recentes envolvendo a compra de dinheiro falso pela internet alertam para a circulação de notas adulteradas em Minas. Por dia, 40 cédulas vão para o Banco Central após apreensões feitas pela polícia ou devoluções de clientes nas agências. O crime desafia a polícia e deixa comerciantes no prejuízo.
As notas mais visadas pelos bandidos – que muitas vezes fazem falsificações com as marcas d’água de segurança – são as de R$ 100 e R$ 200. Atualmente, Minas é o segundo Estado com maior número de registros, ficando atrás de São Paulo.
Até maio deste ano 5.982 cédulas foram recolhidas. O número, no entanto, sequer representa a realidade. Não entram na estatística as vítimas da fraude que deixaram de prestar queixa.
O que fazer?
Receber uma nota falsa é sinônimo de prejuízo. Não há garantia de ressarcimento. Segundo o Banco Central, o dinheiro deve ser apresentado em uma agência bancária.
“Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco, o cidadão pode procurar uma delegacia mais próxima para registrar uma ocorrência”.
A falsificação rende de três a 12 anos de cadeia. Quem, mesmo após ter conhecimento da falsificação, tentar colocar uma cédula em circulação, pode ser punido com pena de seis meses a dois anos.
Sem obrigação
Os comerciantes que desconfiarem da fraude podem recusar o dinheiro entregue pelos clientes.
Além disso, é preciso alertar a polícia. É o que orienta o especialista em segurança e coronel reformado da Polícia Militar (PM), Gedir Rocha.
“Fundamental é que eles treinem os funcionários e tenham mecanismos para fiscalizar. Alguns ficam com vergonha, mas é preciso denunciar e chamar a PM”, avaliou. Segundo Rocha, a queixa ajuda no mapeamento e acompanhamento da distribuição das notas falsas.
Conforme a Polícia Federal, uma força-tarefa nacional investiga a venda de cédulas falsas pela internet.