A inteligência artificial já faz parte do dia a dia de quase todos os mineiros, mas ainda gera desconfiança. Segundo levantamento realizado pela FCDL-MG, 97,9% da população do estado utiliza algum mecanismo de IA em sua rotina, mas 66,7% afirmam sentir-se vulneráveis quanto ao tratamento de seus dados pessoais.
O estudo mostra que, apesar das facilidades oferecidas pela tecnologia, 82,1% dos consumidores mineiros ainda preferem receber recomendações de produtos e serviços feitas por pessoas, e não por sistemas automatizados. “Mesmo com a presença constante e transformadora da inteligência artificial, os desafios relacionados à confiança e segurança de dados permanecem. É preciso conciliar eficiência tecnológica com sensibilidade e ética nas relações”, explica o economista da FCDL Minas, Vinícius Carlos Silva.
Os dados revelam que os mineiros utilizam IA principalmente pelas redes sociais (20,3%), e-mails (18,9%), mecanismos de busca (18,9%), canais de atendimento (12,2%) e serviços bancários (12,2%). No entanto, quando se trata de consumo, a percepção é positiva: 71,8% consideram a interação com a tecnologia benéfica durante as compras, e 60,3% já adquiriram algum produto ou serviço influenciados por algoritmos de recomendação. Além disso, 92,3% afirmaram ter interagido com sistemas automatizados, como caixas inteligentes e atendentes virtuais.
Para Silva, a IA já é indispensável para o varejo. “Ela otimiza o processo de compra, facilita o atendimento e direciona anúncios e conteúdos personalizados. Tanto que 87,2% dos mineiros acreditam que a inteligência artificial melhora o atendimento ao cliente. Essa tecnologia não molda apenas o consumo, mas também o modo como estudamos, trabalhamos e nos comunicamos”, destaca.
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✍️ Fonte: FCDL-MG
