O isolamento social provocado pela Covid-19 mudou a relação dos brasileiros com o próprio lar. Segundo pesquisa realizada pelo Quinto Andar em parceria com a Offerwise, publicada pelo Globo Gente, 73% das pessoas passaram a enxergar a casa de forma diferente após a pandemia. O estudo mostra ainda que 32% sentiram necessidade de montar um escritório em casa, 28% passaram a valorizar áreas verdes próximas ao imóvel e 25% deram mais importância às áreas de lazer dentro da residência.
Esse movimento também foi percebido no setor de construção e decoração. Dados da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) apontam que, em 2020, houve um aumento de 27% nas vendas de pisos laminados e vinílicos, artigos de decoração, materiais elétricos e produtos de jardinagem, reflexo direto da busca por mais bem-estar e conforto no lar.
Para a arquiteta Lívea Esteves, a casa ganhou múltiplos papéis. “Ela é restaurante, cinema, academia, spa, escritório e também espaço de celebração com amigos e família. O bem-estar agora está distribuído em diferentes cômodos, que se transformaram em refúgios pessoais”, explica.
O movimento também dialoga com o mercado imobiliário global. De acordo com o Instituto Global de Bem-Estar, o segmento de imóveis voltados para qualidade de vida atingiu US$ 584 bilhões em 2024 e deve ultrapassar US$ 1,1 trilhão até 2029. “A estética da hospitalidade não é criar um cenário artificial, mas trazer para dentro de casa sensações de prazer e acolhimento antes associadas a hotéis e pousadas. A residência deixou de ser apenas funcional: tornou-se um cenário de afetos, hobbies e paixões”, completa Lívea.
📷 Foto: Ellen Martins
✍️ Fonte: Quinto Andar / Anamaco / Naves Coelho Comunicação
