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78% de todas as crianças não receberam nenhuma dose de vacina da Covid

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Os impactos da pandemia de Covid-19 na América Latina e no Caribe causaram um retrocesso de 27 anos na pobreza extrema. A declaração é da representante da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, no Fórum Social Mundial (FSM), realizado em Porto Alegre.

Gross participou de forma on-line do debate sobre o cenário dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no contexto atual. Os ODS, também conhecidos como Agenda 2030, foram estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, para substituir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Eles incluem 17 objetivos como erradicação da pobreza, igualdade de gênero, redução das desigualdades, consumo e produção responsáveis e educação de qualidade. Cada objetivo é subdividido em diversas metas.

De acordo com Socorro Gross, o ODS 3, que trata de saúde e bem estar, está com 70% das metas avaliadas como não alcançáveis em 2030 na América Latina e Caribe, se a implementação permanecer no ritmo atual. Em avaliação feita no ano passado, 22% dessas metas apresentaram retrocesso.

“A pandemia de Covid-19 nas Américas trouxe uma crise sem precedentes, que impactou os determinantes sociais da saúde, aprofundando as iniquidades. Tivemos um retrocesso de 27 anos na pobreza extrema”, afirmou a representante da Opas no Brasil. Ainda segundo ela, “tivemos um aumento de 8 milhões de pessoas na insegurança alimentar, em uma região que já era desigual”.

Brasil
Gross destacou que o Brasil é um dos 20 países nos quais 78% de todas as crianças não receberam nenhuma dose de vacina contra o coronavírus.

Também no debate, o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Richarlls Martins, coordenador da Rede Brasileira de População e Desenvolvimento destacou, sobre a implementação do ODS 3 no Brasil, que nenhuma meta avançou em 2022. 

“Nós temos o Relatório Luz, que acompanha a implementação da agenda 2030, publicado desde 2017 pela sociedade civil. Ele aponta os problemas para a implementação das metas e o último relatório, de julho de 2022, traz indígenas na capa, não à toa. Todas as metas do objetivo 3 não tiveram nenhum nível de avanço, estão todas com retrocesso, estagnada, ameaçada ou, no máximo, insuficiente”, disse Martins.

*Com informações da Agência Brasil

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