Um novo estudo clínico publicado no The New England Journal of Medicine revelou que a versão em comprimido da semaglutida — medicamento usado para o tratamento da obesidade — apresentou resultados próximos aos da formulação injetável já disponível no Brasil.
A pesquisa envolveu 307 adultos com obesidade ou sobrepeso e ao menos uma comorbidade associada, mas sem diabetes. Durante 64 semanas, os participantes receberam semaglutida oral (25 mg) ou placebo, junto a mudanças de estilo de vida.
Resultados do estudo
- Os pacientes que usaram a semaglutida oral perderam, em média, 16,6% do peso corporal, contra 2,7% no grupo placebo.
- Mais de um terço (34,4%) conseguiu perder 20% ou mais do peso, enquanto apenas 2,9% no placebo atingiram essa marca.
- Mesmo com adesão parcial, a média de perda foi de 13,6%, contra 2,2% no placebo.
- Houve também melhora em fatores de risco cardiovascular e na capacidade funcional dos pacientes.
Os resultados confirmam a semelhança com a versão injetável do medicamento, aprovada em diversos países e liberada no Brasil em 2023 pela Anvisa.
Efeitos adversos
Os efeitos colaterais mais comuns foram náusea (46,6%) e vômito (30,9%), geralmente leves ou moderados. Apenas 6,9% interromperam o uso devido às reações, índice próximo ao do grupo placebo (5,9%).
Próximos passos
A fabricante Novo Nordisk já submeteu o pedido de aprovação da versão oral à Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, com expectativa de análise até o fim de 2025. Se liberado, será o primeiro medicamento oral da classe GLP-1 indicado para controle crônico de peso.
No Brasil, apenas a versão injetável está disponível atualmente.
Foto: Reprodução/RBS TV
Fonte: g1 Saúde