Um homem foi condenado a 45 anos de prisão na quinta-feira (25) em Teófilo Otoni, após ser acusado de matar sua filha recém-nascida ao arremessá-la pela janela do segundo andar de uma casa, de uma altura de aproximadamente nove metros. O crime ocorreu em maio de 2022, apenas dois dias antes do segundo mês de vida da bebê. O julgamento foi realizado no Fórum da cidade, onde o juiz acatou a tese do Ministério Público, considerando o réu culpado de homicídio qualificado com quatro agravantes: motivo torpe, feminicídio, recurso que dificultou a defesa da vítima e crime contra menor de 14 anos.
De acordo com a Polícia Militar, a tragédia aconteceu durante uma visita do pai à casa da mãe da criança, situada no bairro Tabajaras. Os dois estavam separados e, durante uma discussão, o homem aproveitou um momento de distração da mulher para arremessar a bebê pela janela. Isabel de Aguilar Loesch, de apenas 57 dias, foi socorrida por vizinhos e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas não resistiu aos ferimentos, tendo a causa da morte sido identificada como traumatismo crânio-encefálico.
Após cometer o crime, o acusado fugiu do local, mas ligou para a polícia manifestando o desejo de se entregar, alegando arrependimento. Ele foi preso em flagrante e encaminhado ao presídio de Carlos Chagas, onde permaneceu até o julgamento. O inquérito, conduzido pela Delegacia de Homicídios de Teófilo Otoni, foi concluído em junho de 2022, com a delegada Hérika Ribeiro Sena afirmando que o crime foi premeditado. Segundo ela, o réu teve acesso não autorizado à residência, onde ficou por um tempo, e ao ser questionado pela mãe da criança, cometeu o ato violento.
Além do homicídio, o réu também foi indiciado por injúria e ameaça contra a mãe da criança, com base em medidas protetivas solicitadas pela mulher. Durante o processo, a defesa alegou que o acusado apresentava problemas mentais e solicitou exames psiquiátricos, afirmando que ele teria passado por um surto psicótico no dia do crime. No entanto, o pedido foi indeferido pela Justiça, que considerou não haver elementos suficientes para comprovar a incapacidade mental do réu.
Fonte: g1. Crédito da foto: Arquivo pessoal/Redes sociais.