A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou neste sábado (27) duas mortes causadas pelo consumo de bebida alcoólica adulterada com metanol, substância altamente tóxica e que pode ser fatal mesmo em pequenas doses.
Segundo o Centro de Vigilância Sanitária (CVS), desde junho foram identificados seis casos de intoxicação por metanol no estado. Entre eles, dois resultaram em óbito: um homem de 54 anos, morador da região da Mooca/Aricanduva, na zona Leste da capital, que apresentou sintomas no início de setembro e morreu no dia 15, e outro homem, de 38 anos, que faleceu em São Bernardo do Campo no último dia 18.
Ainda de acordo com a secretaria, outros dez casos estão em investigação, todos na capital paulista. As notificações foram encaminhadas pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas, unidade de referência em toxicologia, que considerou os registros fora do padrão pelo curto espaço de tempo e pela diversidade das bebidas envolvidas, que incluem gin, whisky e vodka.
O que é o metanol
O metanol é um líquido incolor, inflamável e utilizado na fabricação de combustíveis, solventes, plásticos, tintas e medicamentos. A ingestão acidental ou deliberada pode causar cegueira, falência de órgãos e até a morte.
Investigações em andamento
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que inquéritos já foram instaurados no 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo e no 48º DP de Cidade Dutra, na capital. Depoimentos de vítimas, testemunhas e exames periciais vão auxiliar na apuração da origem das bebidas adulteradas.
O alerta também foi emitido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que destacou a gravidade da situação. Diferentemente de casos anteriores, em que o consumo de metanol estava associado ao uso deliberado de combustíveis, as intoxicações recentes ocorreram em ambientes sociais, como bares, com diferentes tipos de bebidas alcoólicas.
Foto: Divulgação/Secretaria de Saúde de SP
Fonte: CNN Brasil