Minas Gerais enfrenta um dos períodos mais críticos do ano em relação às queimadas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o estado registrou 18.972 incêndios em vegetação nos nove primeiros meses de 2025. Apenas em setembro, a média foi de 150 ocorrências diárias.
Nesta terça-feira (30), as chamas atingiram a Serra do Curral, em Belo Horizonte, consumindo parte da Mata da Baleia, área localizada na Região Leste da capital. O fogo chegou a se aproximar de prédios do Hospital da Baleia, referência em tratamento oncológico, gerando preocupação entre pacientes e funcionários.
“É muito ruim, porque a gente vem para receber cura, fazer tratamento. E, tendo essa queimada, ainda mais com esse calor que ninguém está aguentando, não tem como, é só Deus mesmo”, desabafou a paciente Edneia Marcia Gonçalves.
A também paciente Dayse Marques Diniz destacou os impactos na saúde: “A gente está no tratamento, sai de lá super mal e chega aqui fora e está esse ar ruim, horrível”.
Segundo o major Eduardo Rodrigo Simões, a estiagem, aliada a altas temperaturas, baixa umidade do ar e ventos fortes, tem favorecido a propagação das chamas. “A situação de alerta continua. É uma situação de redobrar a atenção cada vez mais para que esse período crítico de estiagem não cause tantos incêndios florestais”, alertou.
Outros focos de incêndio na Grande BH
Na segunda-feira (29), o fogo destruiu parte da vegetação na Rua Gentios, no bairro São Bento, Região Centro-Sul da capital. As chamas retornaram no dia seguinte e só foram controladas no fim da manhã.
No bairro Palmeiras, Região Oeste de Belo Horizonte, o incêndio em um lote vago na Rua Maria Alta chegou próximo às residências e atingiu a fiação elétrica, provocando a queda de cabos energizados.
Na Pampulha, militares combateram um incêndio próximo ao tráfego de veículos na Avenida Tancredo Neves, no bairro Jardim Alvorada. Já em Mário Campos, na Região Metropolitana, as chamas consumiram a vegetação no entorno de uma fazenda.
Foto: TV Globo/Reprodução
Fonte: TV Globo — Belo Horizonte
