A mulher que feriu uma enfermeira com uma agulha contaminada pelo vírus HIV recebeu liberdade provisória após audiência de custódia realizada na terça-feira, 30 de setembro. A acusada, de 25 anos e mãe de um bebê de três meses, estava detida no presídio de Vespasiano, em Minas Gerais, após o incidente ocorrido no Hospital João Paulo II, em Belo Horizonte, na madrugada de segunda-feira, 29 de setembro.
Segundo o boletim de ocorrência, o bebê, que testou positivo para HIV, estava passando por um exame de sangue quando a mãe retirou a agulha do braço da criança e perfurou a mão da enfermeira de 52 anos. A juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto foi responsável pela decisão de conceder a liberdade provisória, impondo algumas medidas cautelares. Entre elas, a mulher deve comparecer periodicamente em juízo para justificar suas atividades, manter uma distância mínima de 500 metros da vítima, não manter contato com a enfermeira, não sair de Belo Horizonte por mais de 30 dias sem autorização judicial e manter seu endereço atualizado. Além disso, ela deve comparecer a todos os atos da investigação e da ação penal que for instaurada.
O caso gerou grande repercussão. A enfermeira, após ser ferida, recebeu medicação preventiva e foi encaminhada ao Hospital João XXIII. A mãe do bebê, que foi presa em flagrante pelo crime de perigo de contágio de doença grave, negou a versão da enfermeira, afirmando que retirou o acesso venoso por considerar o procedimento inadequado e que, em um ato impulsivo, arremessou a agulha no chão.
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) lamentou o ocorrido, prestou assistência à profissional e afirmou que está colaborando com as investigações. A criança permanece internada sob cuidados médicos, acompanhada pela avó materna.
Patrícia Fiúza/TV Globo
Fonte: g1.globo.com
