Suspeito de chefiar quadrilha de golpes com venda consignada de veículos é preso em BH

Por Dentro De Tudo:

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A Polícia Civil prendeu em Belo Horizonte um homem de 29 anos suspeito de liderar uma quadrilha especializada em golpes com contratos de venda consignada de veículos. O grupo é investigado por estelionato e associação criminosa, com prejuízos que já ultrapassam R$ 2 milhões e ao menos 20 vítimas identificadas.

Segundo as investigações, a quadrilha atuava em uma loja na Avenida Raja Gabáglia, região Centro-Sul da capital mineira. Para evitar ser descoberta, a empresa mudava constantemente de nome sempre que suspeitava da aproximação da polícia.

De acordo com o delegado Roberto Veran, da 4ª Delegacia Especializada em Prevenção ao Furto e Roubo de Veículos Automotores, o suspeito foi preso em sua cobertura de alto padrão, onde estava escondido. “Quando percebeu que seria preso, deu baixa na empresa e fugiu. Conseguimos capturá-lo quando estava foragido”, afirmou.

Como funcionava o golpe

As vítimas eram atraídas após anunciarem seus carros em plataformas digitais. Os criminosos ofereciam contratos de consignação, prometendo intermediar a venda dos veículos e repassar o valor aos proprietários, descontada a comissão. No entanto, após a negociação, os donos não recebiam o dinheiro e perdiam os automóveis.

Uma das vítimas, a psicóloga Cândida Viana, relatou que se deixou convencer pelo discurso convincente. “Na época eu precisava vender rápido, eles falavam até em usar inteligência artificial para captar clientes. Depois percebi que era um discurso típico de estelionatário”, disse.

A dentista Marina Martins Pinheiro contou que o carro deveria ser devolvido caso não fosse vendido em 30 dias, o que não ocorreu. “Ele dizia que estava em processo de venda, mas depois não atendia mais WhatsApp nem ligação. Quando fomos ao endereço, já fazia mais de 20 dias que ninguém aparecia lá”, relatou.

Já a musicista Ana Flávia Bastos Nogueira afirmou ter perdido mais de R$ 50 mil, considerando o valor do veículo e os custos adicionais. “Cheguei a fazer uma rifa no meu perfil tentando arrecadar o dinheiro, porque eu não podia ficar sem carro”, contou.

Investigações continuam

Ao todo, cinco pessoas são investigadas, e um homem segue foragido. A Polícia Civil informou que os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato e associação criminosa.

📸 Foto: Reprodução/TV Globo

📍 Fonte: g1 Minas

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