Seis em cada dez mineiros entrevistados pelo instituto DATATEMPO dizem que não pretendem mais mudar seus votos para presidente nas próximas eleições. Os resultados foram colhidos na pesquisa que apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida ao Planalto no Estado, com 44,4% das intenções de voto, contra 29,95% de Jair Bolsonaro (PL), o segundo colocado. Os eleitores dos dois líderes das pesquisas são os mais decididos em Minas.
De acordo com os dados coletados, para 60,3% dos eleitores mineiros, a decisão do voto para a presidência já é hoje definitiva e não mudará de jeito nenhum. Para outros 15%, a decisão é firme, mas ainda pode mudar no decorrer da campanha. Um contigente de 16,1% dos eleitores diz que tem apenas uma preferência inicial, mas que ainda pode mudar durante a campanha, enquanto 8,1% dos mineiros afirmam que ainda não decidiram seus votos.
Os homens se dizem mais decididos que as mulheres. Entre eles, a decisão definitiva alcança 65,93% dos entrevistados. Entre elas, 55,23%. De mesma forma, o índice de decisão varia conforme a idade, aumentando de acordo com a faixa etária. Assim, ele é de 52,68% entre os jovens com 16 a 24 anos, sobe para 56,46% na faixa de 25 a 34 anos, alcança 59,13% na faixa de 35 a 44 anos, eleva-se a 62,08% no grupo de 45 a 59 anos e alcança 70,33% entre aqueles com mais de 60 anos.
Hoje, os mais pobres são também aqueles com voto mais definido: 62,02% dos que ganham até dois salários mínimos dizem que não mudam mais suas posições até o dia da eleição. Já entre os que ganham mais de 10 salários mínimos esse índice é de 54,81%.
Hoje, eleitores de Lula e Bolsonaro não os mais mais convictos, praticamente no mesmo nível. Os que dão a resposta de que não mudam mais o voto são 67,68% entre os que escolhem o petista e 67,17% entre os que escolhem o atual presidente. Os demais candidatos ainda vão ter que trabalhar para convencer seus candidatos a não abandonarem a escolha. O voto definido é de 29,09% entre os eleitores de João Doria, 29,03% entre os de André Janones, 28,57% entre os de Felipe D’Avila (Novo), 23,08% entre os de Ciro Gomes (PDT), 16,67% entre os de Vera Lúcia (PSTU) e 9,09% entre os de Simone Tebet (MDB).
A pesquisa também mostrou os percentuais atingidos por Lula e Bolsonaro em cada parcela do eleitorado e também qual a parcela de votos da terceira via que cada um deles herda em um eventual segundo turno. Os dados também mostram a avaliação de governo. Por ela, Bolsonaro aparece com melhora nos índices, mas ainda rejeitado por 59,1% dos eleitores mineiros.
Fonte: O TEMPO.