O número de notificações de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas chegou a 113 em todo o país, segundo o Ministério da Saúde. O levantamento divulgado nesta sexta-feira (3) aponta que os casos estão distribuídos entre seis estados — São Paulo, Bahia, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal — além de 12 mortes confirmadas ou em investigação.
São Paulo concentra mais de 90% das ocorrências, com 101 notificações (11 confirmadas e 90 em investigação). Outros estados apresentaram casos em menor escala: seis em Pernambuco, dois na Bahia e no Distrito Federal, e um caso em investigação no Paraná e em Mato Grosso do Sul. Do total, 12 mortes foram notificadas, sendo uma confirmada em São Paulo e 11 em apuração.
Para conter os impactos das intoxicações, o Ministério da Saúde, em parceria com a Ebserh, adquiriu 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico, antídoto utilizado no tratamento de pacientes, e anunciou a compra de mais 150 mil ampolas para abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS).
🔬 O metanol é um álcool utilizado em produtos industriais e altamente tóxico quando ingerido. No organismo, ele é transformado em substâncias que afetam o fígado, cérebro, medula e nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte.
As investigações indicam que o aumento dos casos está relacionado à comercialização de bebidas falsificadas em bares, adegas e festas. Em São Paulo, diversas ações da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária resultaram na interdição de estabelecimentos e apreensão de garrafas adulteradas.
O Ministério da Saúde reforça que não há como identificar o metanol a olho nu — apenas testes laboratoriais podem detectar a substância. Especialistas alertam que bebidas com preço muito abaixo do mercado ou sem rótulo de origem confiável devem ser evitadas.
📸 Foto: Divulgação/Ministério da Saúde
📄 Fonte: g1 São Paulo
