Com a chegada da primavera e o aumento da umidade, é comum ver nuvens de cupins alados sobrevoando postes e lâmpadas ao entardecer. O fenômeno, chamado de revoada, marca o período de reprodução e dispersão desses insetos — e, ao contrário do que muitos pensam, raramente representa perigo para móveis ou estruturas.
De acordo com especialistas, as revoadas acontecem após dias de calor e chuva, quando as condições são ideais para os cupins fundarem novas colônias. “Menos de 1% desses insetos consegue de fato formar uma nova colônia, pois a maioria morre ou é predada por formigas, aranhas e aves”, explica o professor Alexandre Vasconcellos, da Universidade Federal da Paraíba.
A maioria das espécies de cupins é benéfica para o ecossistema, ajudando na fertilidade do solo e no equilíbrio ambiental. Apenas cerca de 5% são consideradas pragas domésticas. Ainda assim, os especialistas alertam: árvores mal podadas e locais úmidos e escuros podem facilitar a formação de ninhos.
A recomendação é simples: evitar luzes externas acesas por longos períodos durante as revoadas, manter as madeiras secas e, se necessário, instalar telas em janelas e portas.
📸 Foto: Alexandre Vasconcellos / Divulgação
📰 Fonte: G1