Após o aumento das notificações de intoxicação por metanol no país, o secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, afirmou nesta terça-feira (7) que o estado está preparado para lidar com eventuais ocorrências relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas.
Segundo o Ministério da Saúde, até segunda-feira (6) foram registradas 217 notificações de intoxicação por metanol em todo o Brasil. Desses, 17 casos foram confirmados, enquanto 200 seguem em investigação, incluindo um caso suspeito em Belo Horizonte. Até o momento, duas mortes foram confirmadas em São Paulo, e outras 12 estão sob análise.
Baccheretti destacou que o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, referência nacional em toxicologia, está em funcionamento 24 horas e possui estoque de álcool etílico, utilizado como tratamento emergencial para casos de intoxicação. “Estamos preparados. O João XXIII é o grande hospital de referência em toxicologia. Temos equipe capacitada e o insumo necessário para agir rapidamente”, afirmou.
O secretário explicou que Minas aguarda a aquisição do antídoto fomepizol, feita pelo Ministério da Saúde. O medicamento é considerado o tratamento mais eficaz contra o envenenamento por metanol. “Esse é o padrão ouro para o tratamento. Apesar de ainda não termos o antídoto, estamos prontos para agir com segurança”, completou.
Em relação ao caso em investigação na capital mineira, Baccheretti disse que é pouco provável que o resultado seja positivo, uma vez que os episódios confirmados estão ligados a bebidas consumidas em locais interditados no estado de São Paulo.
O metanol é uma substância tóxica que pode causar cegueira, coma e até morte. Os sintomas iniciais se assemelham aos da embriaguez, como tontura, náuseas, vômitos e dor abdominal, mas podem evoluir para confusão mental, convulsões e perda de consciência.
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📚 Fonte: O Tempo / Vitor Fórneas