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Sexta-feira 13: dez curiosidades sobre o dia da má sorte

Por Dentro De Tudo:

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Sexta-feira 13 é sinônimo de má sorte para muita gente no lado ocidental do planeta, mas essa crença está bem longe de ser unanimidade. Confira a seguir alguns fatos e crenças que cercam essa data.

1) No mundo cristão, a superstição em torno de sexta-feira 13 está relacionada à Última Ceia, da qual participaram 13 pessoas (Jesus e seus 12 discípulos) na noite de Quinta-Feira Santa. No dia seguinte, uma sexta-feira, Jesus seria crucificado por soldados romanos. O número 13, portanto, está associado a Judas Iscariotes, o último a chegar à ceia e traidor de Cristo.

2) O 13º convidado incômodo também aparece na mitologia nórdica. Segundo a lenda, o mal e a agitação foram introduzidos no mundo pela aparição de Loki, o deus da trapaça e da travessura, em um jantar no Valhala, o gigantesco salão de 540 portas situado em Asgard. Como 13º participante, ele perturbou o equilíbrio dos 12 deuses presentes e armou uma briga que resultou na morte de um deles, Baldur.

3) Em 13 de outubro de 1307, uma sexta-feira, centenas de cavaleiros templários foram presos por ordem do rei Filipe IV da França. A prisão fora exigida pelo papa Clemente V em virtude de alegações feitas por um ex-membro excomungado de que novos recrutas da ordem estavam sendo forçados a cuspir na cruz, negar a Cristo e se envolver em atos homossexuais durante as cerimônias de iniciação.

Muitos dos prisioneiros foram posteriormente queimados. Um deles foi o próprio grão-mestre dos templários, Jacques de Molay, levado à fogueira em frente à Catedral de Notre Dame, em Paris. Segundo se conta, Molay amaldiçoou aqueles que lhe deram aquele destino. “Deus sabe quem está errado e pecou”, teria dito ele. “Em breve ocorrerá uma calamidade para aqueles que nos condenaram à morte.”

4) Nos países de língua espanhola e na Grécia, o temor não é relacionado à sexta-feira 13, mas à terça-feira 13. Na Itália, a cisma é mesmo com a sexta-feira, mas associada a um número diferente: 17.

5) Estudos apontam que pelo menos 10% da população dos Estados Unidos tem medo do número 13. A cada ano, o medo ainda mais específico da sexta-feira 13 resulta em perdas financeiras superiores a US$ 800 milhões. Várias pessoas evitam casar-se, viajar ou até mesmo trabalhar nessas datas.

6) De acordo com o Stress Management Center and Phobia Institute, de Asheville, Carolina do Norte, mais de 80% dos edifícios altos dos EUA não têm um 13º andar. A maioria dos hotéis, hospitais e aeroportos também evita usar o número para quartos e portões.

7) Ignorar o número 13 teve um precedente longínquo no Código de Hamurabi, redigido na Mesopotâmia por volta de 1772 a.C. Mas, aparentemente, a omissão não foi proposital: os estudos a respeito consideram que se tratou de um erro administrativo cometido por um dos primeiros tradutores do documento, que não incluiu uma linha de texto. O código, aliás, não listava numericamente suas leis.

8) O medo irracional e incomum do número 13 recebeu até um termo psicológico: triscaidecafobia. A fobia em relação à sexta-feira 13 é conhecida por dois extensos termos: parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia.

9) No fim do século 19, o capitão William Fowler (1827-1897) tentou remover o estigma duradouro em torno do número 13 – e especialmente a “regra” de não ter 13 convidados em uma mesa de jantar – fundando em Nova York uma sociedade exclusiva chamado Clube Treze.

O grupo jantava regularmente no 13º dia de janeiro, na sala 13 do Knickerbocker Cottage, um concorrido bar que Fowler possuiu de 1863 a 1883. Antes de se sentarem para um jantar de 13 pratos, os membros passavam sob uma escada e uma faixa com os dizeres: “Morituri te salutant” (Aqueles que estão prestes a morrer o saúdam, em latim). Entre os participantes dos jantares estiveram quatro ex-presidentes americanos: Chester A. Arthur, Grover Cleveland, Benjamin Harrison e Theodore Roosevelt.

10) Entre os vários eventos traumáticos ocorridos em sextas-feiras 13 estão: o bombardeio alemão ao Palácio de Buckingham (setembro de 1940); um ciclone que matou mais de 300 mil pessoas em Bangladesh (novembro de 1970); o desaparecimento de um avião da Força Aérea do Chile nos Andes (outubro de 1972); a morte do rapper Tupac Shakur (setembro de 1996); o acidente do navio de cruzeiro Costa Concordia na costa da Itália, que matou 30 pessoas (janeiro de 2012). Mas, como a história revela, não há dias determinados para acontecerem tragédias.

Fontes: Live ScienceHistory.com, Visão, The Independent

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