O governo federal notificou 21.186 famílias em Minas Gerais para devolver R$ 56,6 milhões recebidos de forma indevida do Auxílio Emergencial, benefício pago durante a pandemia de Covid-19. O estado é o segundo com maior número de cobranças no país, ficando atrás apenas de São Paulo, que concentra mais de 55 mil notificações.
Em todo o Brasil, 177,4 mil famílias foram notificadas, totalizando R$ 478,8 milhões a serem devolvidos aos cofres públicos. Segundo o Ministério da Cidadania, as devoluções envolvem pessoas que receberam o benefício entre 2020 e 2021 sem atender aos critérios exigidos.
As irregularidades mais comuns identificadas foram recebimento do auxílio por pessoas com emprego formal ativo, duplicidade de pagamentos e renda familiar acima do limite permitido. As notificações estão sendo enviadas por SMS, WhatsApp, e-mail e pelo aplicativo Notifica.
O prazo para a devolução é de 60 dias, com possibilidade de parcelamento em até 60 vezes, sem juros ou multa, e valor mínimo de R$ 50 por parcela. Os pagamentos devem ser feitos exclusivamente pelo sistema Vejae, por meio de PIX, boleto ou cartão de crédito.
Quem não regularizar a situação poderá ser inscrito na Dívida Ativa da União e no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados (Cadin), além de ter o nome negativado em órgãos de proteção ao crédito.
O levantamento mostra São Paulo em primeiro lugar, com 55.251 famílias notificadas, seguido por Minas Gerais, com 21.186, e Rio de Janeiro, com 13.266.
📸 Crédito da foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
📍 Fonte: g1 Minas Gerais