Celebrado em 11 de outubro, o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade reforça a importância da conscientização sobre um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, mais da metade da população adulta brasileira está acima do peso, e um em cada quatro adultos é obeso — números que acendem um alerta para o avanço de doenças crônicas graves e silenciosas.
A obesidade é uma condição multifatorial, influenciada por aspectos genéticos, comportamentais e ambientais, e está associada a enfermidades como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono e doenças cardiovasculares, que continuam entre as principais causas de morte no país.
O impacto no coração e na saúde geral
O cirurgião do aparelho digestivo Dr. Wagner Sobottka, do Hospital Cardiológico Costantini, explica que o excesso de gordura corporal sobrecarrega o coração e pode desencadear uma série de complicações.
“O excesso de peso leva ao aumento da pressão arterial, elevação do colesterol e resistência à insulina — fatores que favorecem hipertensão, infarto e insuficiência cardíaca. Pequenas mudanças no estilo de vida, quando iniciadas cedo, podem evitar complicações graves”, alerta o especialista.
Ele destaca que o acompanhamento contínuo é essencial. Monitorar peso, circunferência abdominal, glicemia e colesterol, aliado ao trabalho conjunto entre médicos, nutricionistas e educadores físicos, é o caminho mais eficaz para resultados duradouros.
Alimentação e comportamento: o início da mudança
De acordo com a nutricionista Claudia Laskanski, o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados é um dos principais vilões no aumento dos casos de obesidade.
“Esses produtos são altamente calóricos e de fácil acesso. Não significa que comer bem seja mais caro, mas exige planejamento e preparo. Com orientação profissional, é possível organizar melhor as refeições e evitar o efeito sanfona”, explica.
A especialista ressalta que a reeducação alimentar é mais eficaz que dietas restritivas. “Ela ensina o indivíduo a fazer escolhas conscientes e sustentáveis, promovendo saúde e equilíbrio a longo prazo.”
Exercício físico e constância: os pilares da prevenção
Para o personal trainer Anderson Moraes, da academia Seven7Play, o maior desafio não é começar, mas manter a regularidade.
“A obesidade é multifatorial, e o sucesso no combate depende da constância. A prática regular de exercícios melhora o metabolismo, reduz o risco de reganho de peso e protege o coração”, afirma.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas que praticam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana têm 30% menos risco de desenvolver doenças cardíacas.
O papel das operadoras de saúde
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) aponta que a obesidade e o sobrepeso respondem por 70% dos gastos com doenças crônicas não transmissíveis no sistema de saúde brasileiro. Além dos danos físicos, a condição também está associada a transtornos psicológicos, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.
Segundo Maicon Arrais, superintendente de marketing da Select Operadora de Saúde, as operadoras têm