Minas Gerais tem 4,4 milhões de pessoas vivendo com insegurança alimentar

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

Minas Gerais apresenta 4,4 milhões de pessoas vivendo com algum grau de insegurança alimentar, conforme dados de 2024 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados nesta sexta-feira, 10 de outubro. Esse número representa uma diminuição de 9,6% em comparação a 2023. No ano passado, 1,5 milhão de lares estavam em situação de insegurança domiciliar, o que corresponde a 19,5% do total de domicílios no estado.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os moradores desses lares enfrentaram, nos últimos três meses, ao menos uma das seguintes situações: preocupação de que os alimentos acabassem antes de poderem comprar ou receber mais comida; falta de alimentos antes de ter dinheiro para adquirir mais; dificuldade para manter uma alimentação saudável e variada; ou a restrição a poucos tipos de alimentos devido à falta de recursos.

A maioria das pessoas, cerca de 3,3 milhões, reside em domicílios com insegurança alimentar leve em Minas Gerais. Outras 660 mil enfrentam insegurança alimentar moderada, enquanto 454 mil vivem em situação grave, ou seja, convivem com a fome. Todos esses números apresentaram queda em relação a 2023.

A classificação da insegurança alimentar é a seguinte: insegurança alimentar leve é caracterizada por preocupação ou incerteza em relação ao acesso a alimentos e redução da qualidade para não afetar a quantidade; a insegurança alimentar moderada envolve a falta de qualidade e a redução na quantidade de alimentos entre adultos; já a insegurança alimentar grave refere-se à falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos entre menores de 18 anos, fazendo da fome uma experiência vivida no domicílio.

Em âmbito nacional, o número de pessoas vivendo em lares com insegurança alimentar grave caiu 23,5% em 2024. Em termos absolutos, dois milhões de brasileiros deixaram a fome em apenas um ano, passando de 8,47 milhões em 2023 para 6,48 milhões em 2024. Apesar dessa redução, 18,9 milhões de famílias ainda enfrentam algum grau de insegurança alimentar, o que representa uma diminuição de 2,2 milhões de lares em relação a 2023.

Crédito da foto: Fábio Tito/ g1
Fonte: g1

Encontre uma reportagem