A WePink, empresa da influenciadora Virginia Fonseca, anunciou que terceiriza as trocas e reembolsos e realiza envios automatizados, conforme uma liminar expedida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). O órgão alega que a empresa de cosméticos não demonstrou a correção das supostas práticas abusivas. A WePink é alvo de uma ação conjunta entre o Procon e o Ministério Público por atrasos e falta de entrega de produtos comprados online.
O G1 entrou em contato com a defesa da empresa na terça-feira (14), mas não obteve resposta. Na última sexta-feira (7), o advogado Felipe de Paula comunicou que a WePink ainda não foi notificada legalmente e que a empresa não se manifestará até receber a citação formal. Em relação à autuação do Procon, o advogado informou que está em negociação com o órgão para tentar a revogação da multa, uma vez que ainda está dentro do prazo recursal.
A liminar do MP proíbe a WePink de realizar novas transmissões ao vivo para venda de produtos enquanto não regularizar as pendências ressaltadas pelo órgão. A empresa pode ser multada em até R$ 100 mil caso descumpra essa ordem. Além disso, o Tribunal de Justiça de Goiás determinou que, em um prazo de 30 dias, a empresa deve estruturar um canal de atendimento não automatizado, resolver reclamações que solicitarem reembolso ou cancelamento e manter um registro acessível de reclamações.
A WePink foi autuada pelo Procon Goiás no final de setembro por atrasos e ausência de entrega de produtos adquiridos online. O Procon informou que a empresa anuncia e comercializa produtos em todo o país, mas não cumpre os prazos de entrega estabelecidos. O promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva afirmou que a empresa teve 120 mil reclamações registradas em menos de dois anos. Entre os problemas destacados pelo MP estão a propaganda enganosa e a censura nas redes sociais, com exclusão de críticas realizadas pelos consumidores.
A ação, protocolada na quarta-feira (8), junto ao Procon, explicou que a estratégia de ofertas relâmpago induziu os consumidores a compras impulsivas, explorando vulnerabilidades psicológicas. A utilização da imagem de Virginia agravou a situação, uma vez que muitos seguidores confiam em suas recomendações. O Ministério Público destacou diversas práticas abusivas da WePink, como a falta de entrega de produtos, atrasos significativos, dificuldade de reembolsos, atendimento automatizado ineficaz, exclusão de críticas e recebimento de produtos com defeito.
Fonte: g1
Crédito da foto: Reprodução/Instagram da WePink