O que é um remédio tarja preta? Entenda as diferenças entre as tarjas de medicamentos

Por Dentro De Tudo:

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Os medicamentos desempenham um papel fundamental na promoção da saúde, mas seu uso deve ser acompanhado de atenção e conhecimento. As tarjas coloridas nas embalagens servem como um importante indicativo do nível de cuidado necessário para cada produto. Enquanto alguns medicamentos podem ser adquiridos livremente, outros estão submetidos a um controle mais rigoroso devido aos potenciais riscos envolvidos.

A farmacêutica Elisângela Ferreira, em uma entrevista concedida à TV Verdes Mares, explicou as particularidades de cada tarja e os procedimentos que devem ser seguidos para a sua aquisição.

Os medicamentos de tarja preta representam a categoria que requer maior atenção. Segundo Elisângela, esses produtos não apenas podem causar dependência, mas também apresentam riscos significativos à saúde. Por afetarem o sistema nervoso central, a venda desses medicamentos é estritamente controlada. Para a compra, é obrigatória a apresentação de uma receita médica específica, conhecida como receita azul, que deve ser retida pela farmácia. O descumprimento desse procedimento pode resultar em sanções para o estabelecimento.

Os medicamentos de tarja vermelha, por sua vez, exigem prescrição médica e abrangem uma variedade maior de remédios, incluindo antibióticos e medicamentos para condições como pressão arterial e diabetes. Embora apresentem menos riscos que os medicamentos de tarja preta, Elisângela alerta que esses produtos também podem causar efeitos colaterais e, portanto, devem ser utilizados com cautela. A receita médica para esses medicamentos também é retida na farmácia.

A tarja amarela indica medicamentos genéricos, que possuem qualidade e eficácia equivalentes aos de marca, mas geralmente a preços mais acessíveis. Assim como os medicamentos de tarja vermelha, eles exigem uma receita médica, embora o processo de retenção de receita não seja tão rigoroso.

Por fim, os medicamentos isentos de prescrição, como analgésicos e antitérmicos, não possuem tarja. Contudo, a ausência de tarja não implica na ausência de riscos. A profissional aponta que a automedicação é uma prática perigosa, pois pode encobrir doenças graves e levar a reações adversas. É fundamental buscar orientação farmacêutica antes de iniciar qualquer tratamento.

A mensagem de Elisângela é clara: a orientação profissional é essencial. A população deve se sentir à vontade para buscar informações nas farmácias, onde sempre encontrará apoio dos farmacêuticos.

Foto: TV Verdes Mares/Reprodução
Fonte: g1

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