Uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais fechou, na manhã de quarta-feira (15), uma fábrica clandestina de cachaça que funcionava no Centro de Capim Branco, e apreendeu cerca de 500 litros de bebida imprópria para consumo.
A ação teve início após uma denúncia anônima relatando a produção irregular de bebidas alcoólicas no quintal de uma residência. Segundo a denúncia, os recipientes eram higienizados de forma inadequada, levantando suspeitas de risco de contaminação e intoxicação por metanol — substância altamente tóxica que já provocou casos graves em outras regiões de Minas.
Estrutura precária e falta de alvará
Ao chegarem ao local, os policiais visualizaram grande quantidade de tonéis e caixas com garrafas vazias por meio das frestas do portão. Mesmo após se identificarem e chamarem diversas vezes, o morador demorou a atender e tentou impedir a entrada da equipe. Diante da possibilidade de descarte de material irregular, os policiais pularam o muro e constataram uma estrutura improvisada para envase de cachaça, sem condições sanitárias adequadas.
Durante a ação, foram apreendidos 500 litros de bebida artesanal, rótulos falsos, 18 vasilhames de mil litros, celulares e R$ 2.707,00 em espécie. A Vigilância Sanitária e a Perícia da Polícia Civil foram acionadas e confirmaram a ausência de alvará de funcionamento e de autorização sanitária. O material foi recolhido para descarte imediato.
Funcionárias recebiam por garrafa lavada
No mesmo quarteirão, em outro imóvel também utilizado pela fábrica, os agentes encontraram três funcionárias lavando garrafas que seriam reutilizadas. Uma delas resistiu à ordem policial e se negou a interromper o trabalho, alegando que precisava cuidar de uma criança. Diante da desobediência, ela recebeu voz de prisão e foi algemada. As funcionárias afirmaram que recebiam R$ 0,55 por garrafa lavada.
Veículos e material apreendidos
Além da bebida e dos rótulos falsificados, dois veículos utilizados no transporte das garrafas e tonéis foram apreendidos e levados ao pátio da Polícia Civil de Capim Branco.
A ocorrência foi registrada como mercantilizar bem impróprio para o consumo e desobediência, ambos crimes previstos no Código Penal.
📸 Foto: Polícia Civil de Minas Gerais / Reprodução