Uma mãe denunciou o professor de sua filha por assédio sexual após encontrar mensagens de conteúdo erótico enviadas por ele para o telefone da adolescente de 15 anos. O caso ocorreu na cidade de Barbalha, no interior do Cariri cearense. A Polícia Civil está investigando a situação e, em nota, a Secretaria da Educação informou que o professor foi afastado do cargo e será demitido.
De acordo com o relato da mãe da vítima, o professor acreditava estar se comunicando com a aluna, mas na verdade estava conversando com a própria mãe, que havia trocado o chip do celular e estava utilizando o número da filha. Nas mensagens, o professor descrevia sonhos eróticos e detalhava o que gostaria de fazer com a aluna, além de relatar seu estado físico enquanto escrevia. Ele também enviou fotos íntimas para a adolescente. As mensagens, enviadas como visualização única, foram gravadas pela mãe com outro aparelho. Ela reuniu as fotos enviadas pelo professor e registrou um boletim de ocorrência na delegacia.
A mãe da adolescente relatou que, ao ouvir um áudio do professor, ficou em estado de choque. Ele mencionou ter sonhado com a filha e falou sobre sua excitação por ela, descrevendo detalhes íntimos. A mãe afirmou que o professor demonstrava uma obsessão pela sua filha e pediu por justiça.
Procurado pela TV Verdes Mares, o professor alegou que seu telefone havia sido clonado e que alguém estaria se passando por ele, mas não quis comentar mais sobre o caso. A Polícia Civil está tratando a situação como um crime contra a dignidade sexual. A Secretaria da Segurança Pública confirmou a abertura de um inquérito e informou que as investigações estão em andamento.
Em nota oficial, a Secretaria da Educação do Estado destacou que, desde a denúncia, a direção da escola está adotando todas as medidas legais e administrativas necessárias. O professor temporário suspeito foi imediatamente afastado e será desligado de suas funções. A identidade da vítima está sendo preservada, e a escola oferecerá apoio psicológico e assistencial por meio da rede pública.
A unidade de ensino conta com uma comissão de proteção e prevenção à violência contra crianças e adolescentes, criada em parceria com o Ministério Público, visando reforçar o papel protetivo da escola e fortalecer sua integração com a rede de apoio. A Secretaria da Educação reiterou seu repúdio a qualquer forma de assédio, dentro ou fora do ambiente escolar, e orientou que denúncias sejam feitas por meio da Central 155, canal oficial para esse tipo de ocorrência.
Crédito da foto: TV Verdes Mares/Reprodução. Fonte: g1.