O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, destacou neste sábado (18) as principais ações e desafios da pasta no enfrentamento de doenças como febre maculosa, intoxicações por metanol e arboviroses, além de celebrar o melhor índice de vacinação da última década no estado. As declarações foram feitas durante o Dia D da Vacinação, realizado no Parque Municipal, em Belo Horizonte.
Segundo Baccheretti, Minas Gerais confirmou, em 2025, 33 casos e cinco mortes por febre maculosa — o último óbito registrado em Caratinga, no Leste do estado. Ele explicou que a época de seca é o período mais propício para a transmissão da doença, provocada pelo carrapato-estrela, e recomendou o uso de roupas claras e longas em áreas rurais para facilitar a identificação do inseto. Com a chegada das chuvas, a tendência é de redução nos casos, e ações de orientação seguem sendo intensificadas em municípios mais vulneráveis, como Caeté, na Região Metropolitana de BH.
Outro ponto de alerta é o risco de intoxicação por metanol. Um caso suspeito foi registrado em Itajubá, no Sul de Minas, onde um homem de 48 anos morreu após consumir bebidas alcoólicas de origem duvidosa. Baccheretti reforçou que a situação está sob controle em Minas e orientou a população a desconfiar de produtos com preços muito abaixo do mercado, lembrando que bebidas falsificadas continuam sendo uma ameaça à saúde pública.
Em relação à imunização, o secretário afirmou que o estado enfrenta dificuldades na vacinação contra a varicela (catapora) devido à falta de vacinas, mas garantiu que o problema será solucionado com a regularização da distribuição pelo Ministério da Saúde. Já o sarampo, segundo ele, está sob controle, graças às ações de mobilização e campanhas de incentivo, como o uso de vacimóveis e o repasse de recursos a municípios que atingem as metas de imunização.
Baccheretti também abordou o cenário das arboviroses — dengue, zika e chikungunya — alertando para a circulação simultânea de três tipos de dengue em Minas Gerais. Ele destacou que o estado iniciou, ainda em setembro, a capacitação de equipes e o envio de recursos para as prefeituras, além de utilizar drones e fumacês descentralizados no combate ao mosquito Aedes aegypti. O secretário reforçou o papel da população no enfrentamento da doença, lembrando que mais de 80% dos focos estão dentro das residências.
“Estamos preparados, mas é fundamental que cada cidadão faça sua parte. Eliminar a água parada e cuidar dos quintais continua sendo a forma mais eficaz de evitar novos surtos”, concluiu Baccheretti.
📸 Foto: Maurício Vieira / Hoje em Dia
📰 Fonte: Jornal Hoje em Dia – Reportagem da Redação
