O governador de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência em 2026, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta quarta-feira (29) que determinou reforço das forças de segurança mineiras nas regiões próximas ao estado do Rio de Janeiro, após a megaoperação policial que deixou ao menos 121 mortos na capital fluminense na terça (28).
Em vídeos publicados nas redes sociais e enviados à imprensa, Zema comparou a situação do Rio à Faixa de Gaza, dizendo que a cidade “está em guerra”. O governador também fez críticas ao governo federal, acusando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, de se omitirem diante do avanço do crime organizado.
“Eu olho para essas cenas de terror no Rio e parece que estou olhando para as cenas da guerra na Faixa de Gaza. Até drone com granada os traficantes usaram. O que está acontecendo lá é um absurdo”, disse Zema.
O governador mineiro afirmou ainda que as forças policiais do Rio “enfrentam sozinhas facções terroristas” e criticou Lula por, segundo ele, “recusar o envio de blindados” para apoiar as operações.
“Mais uma vez, as forças policiais de um estado têm de enfrentar sozinhas essas facções. E, em vez de ajudar, o ministro do Lula prefere criticar o governador do Rio por ter enfrentado o Comando Vermelho”, declarou.
Zema também comentou uma fala recente de Lula, que afirmou que “os traficantes são vítimas dos usuários de drogas”. Para o governador, essa visão “inverte a lógica do combate ao crime”.
“Será que alguém concorda com isso? As facções estão tomando conta do Brasil. Está na hora de dizer basta”, afirmou.
Em outro vídeo, Zema disse que determinou reforço e prontidão das forças de segurança de Minas Gerais, especialmente na divisa com o Rio, para evitar que criminosos tentem se refugiar no território mineiro.
“Aqui em Minas já determinei reforço, principalmente na área mais próxima ao Rio de Janeiro, para que o estado não seja afetado”, completou.
O governador participou ainda de uma reunião com outros chefes de Executivo estaduais para discutir os desdobramentos da operação no Rio. Uma comitiva de governadores deve viajar à capital fluminense para manifestar apoio ao governador Cláudio Castro (PL).
A megaoperação, considerada a mais letal da história do estado, gerou uma série de trocas de acusações entre o governo do Rio e o governo federal. Enquanto Castro afirma que o estado agiu “sozinho” e sem apoio da União, o Palácio do Planalto rebateu dizendo que não houve pedido formal de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) — mecanismo necessário para autorizar a participação das Forças Armadas em ações de segurança pública.
O ministro Ricardo Lewandowski classificou a ação como uma “operação extremamente violenta e com muito sangue derramado”.
📷 Fonte: g1 Minas / Reprodução




















