Pai confessa ter matado filho autista de 11 anos asfixiado: o que se sabe sobre o caso

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Davi Piazza Pinto, pai de Arthur Davi Velasquez, um menino autista e com deficiência visual de 11 anos, confessou ter asfixiado o filho em João Pessoa, após viajar de Florianópolis, em Santa Catarina. Ele se apresentou à Polícia Civil na sua cidade de origem e está preso. O corpo de Arthur foi enterrado na capital paraibana na segunda-feira (3). A investigação aponta que a perícia já realizou exames de necropsia e que a versão da mãe, Aline Lorena, é um dos elementos considerados.

O corpo de Arthur foi encontrado em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa, na noite de sábado (1º), após ter sido dado como desaparecido na manhã de sexta-feira (31). Davi era considerado o principal suspeito desde o início e decidiu se entregar à polícia em Santa Catarina. De acordo com informações da Polícia Civil, ele havia viajado até a Paraíba com a intenção de ajudar nos cuidados do filho, pois a mãe de Arthur está em um novo relacionamento. O encontro entre pai e filho aconteceu no bairro de Manaíra.

Segundo o delegado Bruno Germano, Davi havia se encontrado com a ex-esposa e informado que tudo estava bem com o menino. Contudo, no domingo, ele entrou em contato com Aline e confessou que tinha matado Arthur, indicando o local em que havia ocultado o corpo. A perícia confirmou que a causa da morte foi asfixia por sufocação. Outros exames, incluindo o toxicológico, estão em andamento. O corpo foi liberado para a família ainda no domingo (2).

Mãe de Arthur, Aline Lorena, expressou sua incredulidade durante o enterro do filho no Cemitério do Cristo Redentor, em João Pessoa. Ela afirmou que havia concordado com a aproximação do pai e que se preparou cuidadosamente para a visita do menino. Aline relatou que deixou tudo pronto para Arthur e pediu a Davi que a avisasse se o menino apresentasse irritação durante o tempo que estivessem juntos. Ela descreveu seu filho como uma criança maravilhosa, que enfrentou grandes desafios desde o nascimento.

A Polícia Civil investiga se Davi usou um carro de aplicativo para transportá-lo até a área onde o corpo foi encontrado. A investigação continua enquanto se busca esclarecer todos os detalhes do caso.

Foto: Flávio Fernandes/TV Cabo Branco. Fonte: g1.

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