Dois homens, de 18 e 35 anos, foram presos em flagrante durante uma operação da Polícia Federal (PF) que ocorreu em Lontra e Varzelândia, no dia 4 de outubro. A ação visou combater o armazenamento de material de abuso sexual infantojuvenil e resultou na execução de dois mandados de busca e apreensão. Durante as diligências, os suspeitos foram detidos pelo crime de armazenamento de material ilícito, com a apreensão de celulares e outros dispositivos eletrônicos que foram enviados para perícia.
A investigação teve início a partir de informações fornecidas por autoridades estrangeiras especializadas na proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital. Essas autoridades identificaram arquivos de conteúdo sexual envolvendo menores vinculados a contas mantidas em plataformas online. A Polícia Federal informou que os dois investigados mantinham armazenadas em nuvem 956 mídias. As análises continuam para verificar se houve a prática de outros crimes, como o compartilhamento desse tipo de material. Somente pelo armazenamento, eles poderão ser responsabilizados conforme o artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê pena de até quatro anos de reclusão.
Em uma operação anterior, em outubro, um homem de 42 anos foi preso em Josenópolis, também pela Polícia Federal, durante uma ação nacional de combate a crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes, especialmente aqueles cometidos pela internet. O suspeito havia armazenado 754 mídias de abuso em sua conta pessoal na internet, adquiridas entre 2020 e 2024, e teve seu celular apreendido.
A Polícia Federal enfatiza a importância de pais e responsáveis monitorarem e orientarem seus filhos tanto no mundo virtual quanto no físico, protegendo-os dos riscos de abusos sexuais. Algumas orientações incluem manter uma conversa aberta sobre os perigos do ambiente virtual, explicar como utilizar redes sociais, jogos e aplicativos de forma segura, além de acompanhar de perto as atividades online dos jovens. É fundamental estar atento a mudanças de comportamento, como isolamento repentino ou segredos em relação ao uso de dispositivos eletrônicos, e ensinar as crianças e adolescentes a agir diante de contatos inadequados em ambientes virtuais.
Foto: Polícia Federal/Divulgação
Fonte: g1


















