Uma operação internacional desarticulou um esquema bilionário de streaming pirata que funcionava a partir da Argentina e atendia milhões de usuários no Brasil. A investigação, conduzida pelo Ministério Público Fiscal de Buenos Aires, derrubou plataformas como My Family Cinema e TV Express, que cobravam mensalidades entre R$ 16 e R$ 27 por acesso a filmes, séries e transmissões esportivas ilegais.
De acordo com a Alianza Contra a Pirataria Audiovisual, o grupo chegou a ter 8 milhões de assinantes ativos, sendo 4,6 milhões apenas no Brasil. O faturamento anual era estimado entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão.
As autoridades argentinas cumpriram mandados em quatro escritórios ligados ao esquema e apreenderam equipamentos eletrônicos, dinheiro em espécie e criptomoedas. Um dos locais contava com cerca de 100 funcionários contratados legalmente, o que chamou atenção pela estrutura profissional do grupo criminoso.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), embora não tenha participado da operação, reforçou o alerta para que consumidores evitem o uso de TV boxes piratas e comprem apenas aparelhos certificados, sob risco de ataques cibernéticos e interferências em outros dispositivos.
Os serviços, que também utilizavam servidores na China, foram bloqueados dias após a operação policial. A expectativa é de que até o final de novembro 28 plataformas ilegais sejam retiradas do ar.
📷 Crédito da foto: Reprodução / g1
📎 Fonte: g1 — Reportagem de Victor Hugo Silva
