Muitas mulheres notam que, após os 40 anos, manter o peso se torna um desafio maior, mesmo mantendo a mesma alimentação e rotina de exercícios. Isso ocorre porque a menopausa e o climatério impactam diretamente o metabolismo, ou seja, a forma como o corpo utiliza energia. Compreender essas mudanças é o primeiro passo para adaptar hábitos e preservar a saúde de forma inteligente e sustentável.
Durante a perimenopausa e a menopausa, há uma queda gradual dos níveis de estrogênio, um hormônio que, entre muitas funções, ajuda a regular o gasto energético, a massa muscular e a distribuição de gordura corporal. Com a diminuição desse hormônio, o corpo passa a queimar energia de forma mais lenta, armazenar gordura com mais facilidade, especialmente na região abdominal, reduzir a massa muscular magra, que é responsável por parte do gasto calórico diário, e alterar o apetite e o sono, impactando diretamente no peso.
A desaceleração metabólica não significa que o corpo “parou de funcionar”, mas sim que ele precisa de novos estímulos. Manter uma alimentação equilibrada, realizar exercícios regularmente e ter acompanhamento médico são estratégias que ajudam a reprogramar o metabolismo para essa nova fase. Pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença, como priorizar proteínas e vegetais nas refeições, reduzir o consumo de açúcar e de alimentos ultraprocessados, garantir uma boa qualidade de sono, que regula hormônios como a leptina e a grelina, e praticar musculação e exercícios de resistência, que são fundamentais.
Cada mulher vive a menopausa de forma única. Por isso, tratamentos hormonais, nutrologia e ajustes metabólicos devem ser personalizados. Com orientação adequada, é possível equilibrar hormônios, otimizar o metabolismo e manter a vitalidade. A menopausa não é sinônimo de desaceleração. Com conhecimento, acompanhamento e mudança de hábitos, é possível envelhecer com energia, leveza e saúde.
Clínica Dr. Rafael Lazarotto
CRM-PR 33094 | RQE 24883
Ginecologia, Menopausa e Saúde da Mulher 40+
Fonte: g1
