A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan poderá ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a partir do final da próxima semana. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa na última sexta-feira, onde foram discutidas a necessidade de acelerar os processos de aprovação de medicamentos sintéticos e produtos biológicos.
Daniel Pereira, diretor da Anvisa, destacou que a vacina contra a dengue é uma prioridade para a agência. Ele informou que, na semana anterior, ocorreu uma reunião com um comitê de especialistas para esclarecer dúvidas sobre o imunizante. Pereira expressou a expectativa de que, na primeira quinzena de novembro, ou em alguns dias a mais, a Anvisa possa chegar a uma conclusão para autorizar o registro da vacina.
O diretor acrescentou que a análise do pedido demandou muitas horas de discussão técnica com especialistas externos que auxiliaram na decisão. Até o momento, a Anvisa não recebeu solicitações de registro de outros imunizantes por parte de diferentes laboratórios.
Na mesma coletiva, diretores da Anvisa mencionaram a intenção de utilizar ferramentas de inteligência artificial para reduzir em pelo menos 50% o tempo de análise de medicamentos. Leandro Safatle, presidente da Anvisa, contextualizou que houve um aumento constante de aproximadamente 10% nas petições de novos registros, o que pode fazer com que as análises demorem até três anos. Safatle afirmou que estão sendo implementadas uma série de ações para diminuir os prazos de análise na agência.
Atualmente, a Anvisa possui cerca de 1,1 mil medicamentos sintéticos e aproximadamente 100 produtos biológicos aguardando análise. Com as iniciativas para acelerar as avaliações, a meta é que, até dezembro do próximo ano, a Anvisa consiga atender aos prazos legais de um ano de fila para análise em todas as áreas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que se encontra na África do Sul com autoridades de saúde dos 20 países mais ricos do mundo, anunciou um investimento de R$ 25 milhões para que a Anvisa amplie o uso de ferramentas de inteligência artificial, visando reduzir o tempo de análise dos pedidos. Em sua gravação, Padilha ressaltou que acelerar os registros é fundamental para atrair investimentos na inovação e produção de medicamentos no Brasil.
Além disso, o ministro mencionou a criação de um comitê para acompanhar o plano que envolve o setor. Durante a reunião com os ministros da saúde do G20, ele anunciou parcerias com empresas da África do Sul e Indonésia para acelerar a produção da vacina contra a tuberculose no Brasil.
Crédito da foto: DeFato Online. Fonte: DeFato Online.



















