O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG) denunciou a falta de segurança em delegacias que armazenam armas, drogas e outros materiais apreendidos no estado. A entidade alerta que a precariedade estrutural coloca em risco não apenas os servidores, mas também a população.
A denúncia ganhou força após a prisão de uma servidora da Polícia Civil, suspeita de participar do desvio de cerca de 220 armas de fogo da 1ª Delegacia do Barreiro, em Belo Horizonte. O caso veio à tona após um suspeito ser flagrado portando uma arma que deveria estar sob custódia da instituição.
De acordo com o sindicato, muitas delegacias não possuem locais adequados para a guarda de materiais apreendidos, o que facilita furtos e extravios. “Os servidores ficam à mercê da criminalidade, pois muitos desses objetos ficam amontoados em corredores, sem segurança”, afirmou Wemerson Oliveira, presidente do Sindpol/MG.
O dirigente destacou ainda que a Lei 13.964/2019, que instituiu a cadeia de custódia, determina que os estados mantenham estruturas apropriadas para o armazenamento de provas e materiais apreendidos. No entanto, segundo ele, o cumprimento da norma ainda é insuficiente.
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que desde 2020 vem ampliando as Centrais de Cadeia de Custódia em todo o estado e que cerca de 60 cidades-polo já contam com estruturas adequadas para a guarda de armas e vestígios criminais.
O caso do Barreiro segue sob investigação da Corregedoria da Polícia Civil, que apura a participação da servidora e de possíveis cúmplices. Segundo as investigações, parte das armas desviadas foi vendida a facções criminosas que atuam na capital mineira e região metropolitana.
📄 Fonte: G1 Minas
📸 Crédito da foto: Reprodução / TV Globo




















