A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público e transformou em réu o tenente da reserva da Polícia Militar Marcos Antônio Januário, preso em flagrante pela morte de uma mulher encontrada com um tiro na cabeça em um apartamento no bairro Carlos Prates, em Belo Horizonte.
O caso ocorreu em 16 de outubro, quando equipes da Polícia Militar foram acionadas após uma testemunha relatar que uma mulher havia sido baleada dentro do prédio. No local, os militares encontraram o suspeito armado, que, segundo o boletim de ocorrência, resistiu à abordagem. Depois de contido, o policial afirmou ter “feito besteira” e indicou o número do apartamento onde a vítima estava.
Dentro do imóvel, a mulher foi localizada sem vida, sem roupas e com sangramento na cabeça. O Samu confirmou o óbito. Testemunhas relataram que ela e uma amiga trabalhavam como garotas de programa e haviam alugado o apartamento para atender clientes. Pouco depois da chegada do tenente da reserva, elas ouviram um forte barulho.
A perícia recolheu uma pistola, celulares, uma máquina de cartões e um estojo de munição deflagrado. O disparo atingiu o nariz da vítima e saiu pela nuca. Não havia sinais de luta no ambiente.
Na delegacia, o suspeito alegou inicialmente que o disparo teria sido acidental após um desentendimento, afirmando que a vítima tentou tomar sua arma. Posteriormente, na presença de advogados, optou por permanecer em silêncio. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa assumiu o caso, acompanhado também pela Corregedoria da Polícia Militar.
A defesa do acusado afirmou que considera a denúncia “precoce”, alegando que o inquérito ainda está em andamento e que perícias importantes — como a análise dos celulares — não foram concluídas. Argumentou ainda que o investigado não conhecia a vítima previamente e que teria feito contato com ela apenas no dia do crime por meio de um site.
📄 Fonte: g1 Minas
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