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Tremores: Prefeito de Sete Lagoas se reúne com superintendente da Defesa Civil do Estado

Por Dentro De Tudo:

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Seguindo seu compromisso de buscar uma resposta verdadeira aos recentes abalos sísmicos ocorridos em Sete Lagoas, o prefeito Duílio de Castro, juntamente com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Comandante Andrade, receberam no gabinete do prefeito o Major Eduardo, superintendente de Gestão de Desastres da Defesa Civil do Estado de Minas Gerais, na manhã desta sexta-feira, 3 de junho.

Estudos preliminares do Núcleo Sismológico da Unimontes, segundo o Major, apontam para causas naturais, de acomodação de placas tectônicas. Mas o monitoramento segue sendo feito. “Agradeço ao prefeito pela oportunidade de estarmos aqui conversando sobre os últimos eventos sísmicos ocorridos na cidade. Pedimos à população que mantivesse a tranquilidade, uma vez que, conforme estudos preliminares, os últimos eventos estão associados a causas naturais, dentro de um padrão de baixo risco sísmico para essa região”.

O Major parabenizou o Executivo Municipal pelo grupo de trabalho criado esta semana. “Parabenizo a Prefeitura pela força-tarefa criada para acompanhar junto aos órgãos de segurança locais e especialistas, ter um melhor monitoramento e identificação real do que tem provocado esses tremores”, concluiu. O grupo é formado pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Turismo (Semadetur), Edmundo Diniz Alves; o coordenador da Defesa Civil, Comandante Andrade; o secretário municipal de Obras, Segurança, Trânsito e Transporte, Antônio Garcia Maciel; o coordenador de Ordenamento Urbano, Jonas Felisberto Dias; o superintendente da Semadetur, Sideny Goreth Gomes Abreu; e o professor de Geofísica da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Sousa de Assumpção.

O coordenador da Defesa Civil Municipal, Comandante Andrade, afirma que alguns bairros da cidade estão sendo georreferenciados. “Nós estamos mapeando. Já temos os bairros com maior probabilidade de tremores. É difícil prever um abalo sísmico e sua intensidade. Mapeamos bairros com maior presença de baixo padrão construtivo, mais vulneráveis aos tremores. Estamos georreferenciando com mapa de calor para desenvolvermos ações de prevenção”, explica.

Sem fake news
Duílio de Castro tranquiliza a população e pede para que não compartilhem boatos. “Pedimos a essas pessoas que querem aterrorizar a população, compartilhando informações inverídicas, que isso não ajuda em nada. Nosso grupo de trabalho possui especialistas, professores geofísicos da USP. Faremos um estudo mais profundo, por isso esse relatório preliminar do Estado, em parceria com a Prefeitura, é importante. Ele aponta para um assentamento de placas, totalmente natural, sem qualquer relação com empresas, captação de água ou detonação de explosivos. São tremores pequenos na escala Richter, sem maiores danos aos imóveis. Mas nossa Defesa Civil segue atenta, realizando estudos e, à medida em que tivermos novas informações oficiais, levaremos à população de Sete Lagoas”, completou o prefeito.

Série de tremores
Segundo dados oficiais do Centro de Sismologia da USP, disponível no site http://moho.iag.usp.br/eq/latest, o primeiro tremor em Sete Lagoas este ano foi registrado no dia 30 de abril, às 00h53. O segundo, no dia 16 de maio, às 02h17. O terceiro no dia 29 (22h35), o quarto dia 30 (15h01) e o quinto no dia seguinte, 31 de maio, às 00h38. Em caso de observar rachaduras no imóvel após um abalo, a orientação é ligar para a Defesa Civil Municipal no 153 ou nos Bombeiros, pelo 192.

Nota Técnica
De acordo com Nota Técnica do Departamento de Geociências do Núcleo de Estudos Sismológicos da Unimontes, os eventos são considerados normais, já que se trata de uma região com histórico geológico de falhas, bem como das magnitudes dos eventos que até o momento seguem os padrões das demais regiões sismogênicas do Estado, portanto, com baixo risco sísmico para a região. No entanto, a nota aconselha a “criação de uma rede sísmica local com o intuito de obter dados precisos para compreensão dos mecanismos focais da falha ativa da região de Sete Lagoas, tendo em vista que parâmetros como a profundidade e extensão da falha são fatores importantes sobre riscos estruturais”. A Prefeitura já fez a solicitação para instalação de sismógrafo remoto e aguarda, para os próximos dias, a chegada do equipamento cedido pelo Centro de Sismologia da USP.

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