Ataques a profissionais de enfermagem crescem e expõem fragilidade do sistema de saúde

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A violência contra profissionais de enfermagem tem aumentado em todo o país, segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Enfermeiros, técnicos e auxiliares relatam agressões físicas, verbais e psicológicas em hospitais, UPAs e unidades básicas, situação agravada após a pandemia.

Especialistas apontam que esses trabalhadores, majoritariamente mulheres, são o primeiro contato de quem busca atendimento, o que os torna mais vulneráveis. Questões de gênero e raça também influenciam o tipo de violência sofrida. Para o professor Pedro Palha, da USP, a presença de segurança ajuda, mas não resolve o problema isoladamente. Ele defende políticas públicas de proteção, como câmeras de vigilância, apoio psicológico e ações educativas.

A categoria também reivindica melhorias estruturais: mapeamento das agressões, redução da jornada para 30 horas, efetivação do piso salarial e dimensionamento adequado das equipes.

O Sindicato dos Enfermeiros de São Paulo afirma que existe uma “banalização da violência”, com profissionais exaustos e vulneráveis. As agressões têm provocado ansiedade, depressão, burnout e pedidos de afastamento, afetando diretamente o atendimento à população.

A enfermagem segue atuando na linha de frente enquanto luta por condições seguras e respeito no ambiente de trabalho.

Crédito da matéria: Izabella Gomes / Itatiaia

Crédito da foto: Freepik

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