Avanços da medicina permitem sobrevivência de recém-nascidos a partir de 22 semanas

Por Dentro De Tudo:

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A neonatologia, especialidade dedicada ao cuidado de recém-nascidos prematuros, transformou o destino de milhares de bebês no mundo. Em pouco mais de seis décadas, os avanços médicos possibilitaram a sobrevivência de bebês nascidos com apenas 22 semanas de gestação, que agora podem crescer saudáveis. O tema é abordado na série de reportagens “Prematuros: Quando o amor chega mais cedo”, da TV TEM, exibida no TEM Notícias 1ª Edição.

O médico Guilherme Sant’anna, referência internacional na neonatologia e atuante em um dos principais hospitais do Canadá, relata que, mesmo sendo reconhecida há apenas 65 anos, a especialidade tem avançado significativamente. De acordo com ele, a viabilidade de sobrevivência para bebês prematuros mudou drasticamente ao longo desse tempo. Nos anos 60, o limite era de 33 semanas, enquanto atualmente, já nascem bebês com 22 semanas que conseguem sobreviver. Sant’anna acredita que a evolução continuará com o surgimento de novas tecnologias e conhecimentos, aumentando a sobrevivência e a qualidade de vida dos recém-nascidos.

A rotina nas UTIs neonatais foi impactada por essa evolução, com casos de bebês que, em estado crítico, hoje vivem saudáveis. Um relato marcante é o da neonatologista Gabriella Farto, que atendeu a pequena Isabela, nascida em São José do Rio Preto (SP). Isabela veio ao mundo com 24 semanas de gestação, inicialmente sem sinais vitais. Farto descreve a recuperação da bebê, que, após ser reanimada e passar por tratamentos intensivos, deixou a UTI e hoje se desenvolve bem.

Isabela ficou internada por três meses na UTI, e sua mãe, Gabriela Martinho Torquetti, reconta com emoção o difícil momento do parto e a recuperação da filha. O pai, Frederico Torquetti, também compartilha a luta pela sobrevivência da menina, destacando que cada grama de peso ganho era uma vitória. Atualmente, Isabela frequenta a escola e vive sem sequelas, uma realidade que enche de gratidão a família e a equipe médica que a atendeu.

Outro exemplo inspirador é Noah, um menino de três anos que nasceu com apenas 600 gramas e enfrentou uma longa internação na UTI neonatal. Sua mãe, Jaqueline Chaves de Sousa Silva, relata o desenvolvimento de Noah, que passou cinco meses em incubadora, enfrentando diversas complicações, incluindo hemorrágias e a necessidade de transfusões de sangue. Para a família, Noah é um verdadeiro milagre.

Essas histórias refletem a importância e os avanços da medicina na neonatologia, mostrando como a determinação e os cuidados especializados podem mudar o destino de bebês prematuros.

Crédito da foto: Reprodução/TV TEM. Fonte: g1.

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