A suspensão recente de campanhas governamentais de prevenção à gravidez na adolescência e apoio a vítimas de violência reacendeu a preocupação de especialistas sobre o aumento da vulnerabilidade entre crianças e adolescentes. Sem políticas públicas contínuas, cresce o risco de abuso não identificado, exposição a conteúdos inadequados e falta de orientação segura.
A educadora sexual Marcella Jardim (@falaseriotia) explica que, diante do vácuo institucional, a escola passa a ser um dos poucos espaços capazes de oferecer informações responsáveis sobre corpo, consentimento, autocuidado e prevenção. Ela reforça que a educação sexual não incentiva a sexualidade precoce, mas protege e fortalece emocionalmente.
Para Marcella, a ausência de campanhas aumenta o silêncio, a vergonha e a desinformação, impedindo jovens de pedir ajuda. A educação sexual, diz ela, precisa ser gradual, científica e articulada entre escola e família, abordando também limites, respeito, emoções e projeto de vida — elementos fundamentais para reduzir ISTs, violência e gravidez precoce.
Com o enfraquecimento das políticas públicas, educadores afirmam que é essencial manter a orientação ativa, acolhedora e segura, garantindo que crianças e adolescentes recebam informações adequadas em um momento considerado crítico.



















