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Minas confirma mais duas mortes de crianças por síndrome inflamatória associada à Covid

Por Dentro De Tudo:

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Minas confirmou mais duas mortes por Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), doença que atinge crianças e está associada à Covid-19. O balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) não informa o sexo nem a idade das vítimas. 

Conforme o boletim, elas eram de Ribeirão das Neves, na Grande BH, e de Viçosa, na Zona da Mata. 

A primeira morte em decorrência da síndrome foi registrada em 2 de março, em Juiz de Fora, também na Zona da Mata. A criança, de 9 anos, não tinha comorbidades e testou positivo para a Covid-19. Outros dois óbitos foram notificados em Barra Longa, na mesma região, em Esmeraldas, na Grande BH.  

Até a manhã desta segunda-feira (6), Minas já confirmou 204 casos da SIM-P. Belo Horizonte é a cidade com mais notificações: 59.

Em seguida, estão: Contagem (16), Uberlândia (10), Ribeirão das Neves (8), Montes Claros e Ipatinga (7), Betim (6) e Juiz de Fora (7). Houve comprovação em outras 60 cidades de Minas. Confira a lista completa.

Perfil
Entre os casos confirmados, 42% eram meninas e 58%, meninos. De acordo com o boletim, a média de idade é de 6 anos. Destes, 82,78% não apresentaram comorbidades. 

A síndrome pode se desenvolver em jovens de até 19 anos que tiveram Covid-19 previamente e que, inclusive, já estão curados da doença. 

Os pacientes diagnosticados com a enfermidade podem apresentar insuficiências respiratória e cardíaca, além de doença renal. Os principais sintomas são febre, manchas vermelhas na pele, conjuntivite, edema nos pés e nas mãos.

Vacinação 
O infectologista José Geraldo Leite Ribeiro, destaca que a maioria das crianças e adolescentes infectados pelo coronavírus não apresentam quadros graves. Entretanto, segundo o médico, há risco de que crianças que tenham apresentado sintomas leves desenvolvam posteriormente a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). 

“A síndrome costuma ocorrer semanas após a infecção, o que dificulta o diagnóstico. Ainda há dúvidas sobre a forma clínica apresentada no início. No entanto, observamos que mesmo crianças com formas leves de covid podem desenvolver a síndrome”, afirma. 

O especialista ressalta que a melhor forma de evitar a síndrome é a imunização contra a Covid-19 no público acima dos 5 anos.

“Publicações nos Estados Unidos mostraram que a vacinação é capaz de evitar a síndrome. Embora a Covid, geralmente, não tenha gravidade na criança como nos idosos, é importante os pais lembrarem que há risco das crianças desenvolverem doenças graves, como a SIM-P, após contaminação pelo coronavírus”, alerta. 

A segurança dos imunizantes contra a Covid-19 é uma das principais preocupações de pais e responsáveis. O infectologista assegura que as vacinas são seguras. 

“A população não deve ter receio porque as vacinas pediátricas já se mostraram extremamente seguras. Não tivemos nenhum registro de evento adverso grave, após meses de vacinação”, finaliza. 

Fonte: Hoje em Dia.

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