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A Prefeitura de Belo Horizonte confirmou nesta terça-feira (25) que um surto de intoxicação alimentar no Hospital Júlia Kubitschek, ocorrido no dia 8 de outubro, foi causado pela presença da bactéria Clostridium perfringens no purê de batatas servido aos funcionários. Quase 200 trabalhadores passaram mal após consumirem as refeições na unidade, localizada na região do Barreiro. A análise laboratorial realizada pela Vigilância Sanitária municipal confirmou a contaminação.
De acordo com a PBH, o laudo indicou um resultado “insatisfatório, positivo” para a bactéria, o que reforça a suspeita de que a refeição contaminada foi a responsável pelo surto de gastroenterite entre os servidores do hospital, que é administrado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
A Clostridium perfringens é conhecida por causar intoxicações alimentares, especialmente em alimentos ricos em proteínas, como carnes e sopas, quando não são manipulados ou refrigerados adequadamente. Os sintomas incluem dores abdominais, diarreia, náuseas e febre, com a doença geralmente durando cerca de 24 horas, mas podendo se estender por até duas semanas em casos mais brandos.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou que acionou imediatamente a Vigilância Sanitária de Contagem, onde está situada a empresa fornecedora das refeições, para que realizasse vistorias e avaliasse as boas práticas de fabricação. A Vigilância Sanitária e o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Belo Horizonte continuam monitorando a situação.
A reportagem buscou comentários da Fhemig e da Prefeitura de Contagem e aguarda retorno.
**Contexto do Surto**
O surto foi identificado em 8 de outubro, quando cerca de 200 funcionários do Hospital Júlia Kubitschek relataram sintomas gastrointestinais após as refeições. No dia seguinte, a Vigilância Sanitária coletou amostras de alimentos e água para análise. Profissionais de epidemiologia e equipes de vigilância estiveram no local para acompanhar a situação. A Fhemig afirmou que não houve impacto no atendimento ao público e que todos os trabalhadores adoecidos receberam assistência.
O episódio gerou preocupação no Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG), que relatou ter encontrado diversos trabalhadores passando mal e questionou a qualidade da empresa fornecedora de alimentos, que ficou em quarto lugar no processo licitatório. O sindicato já havia alertado órgãos como o Ministério Público e a Assembleia Legislativa sobre a situação, buscando garantir a qualidade dos serviços prestados.
Fonte: BHAZ
Foto: Fhemig/Divulgação

















