Renê da Silva Nogueira Júnior, indiciado pela morte do gari Laudemir Fernandes em Belo Horizonte, afirmou que o trabalhador foi vítima de uma “bala perdida”. A declaração foi dada durante uma entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, da Record TV, exibida no último domingo (30), sendo a primeira vez que o réu se manifestou publicamente sobre o caso.
Laudemir foi morto a tiros enquanto trabalhava na rua Modestina de Souza, no bairro Vista Alegre, área Oeste da capital mineira, fato que chocou a opinião pública. Renê admitiu, na entrevista, que estava armado no momento do incidente, mas negou ser o responsável pela morte do gari, sugerindo que teria sido um acidente: “Eu passei por esse local, sim. Admito que eu tava armado. O incidente pode ter acontecido. Até onde eu posso dizer, por conta do processo, dos meus advogados, eu posso admitir que ocorreu um incidente”.
Além disso, o empresário alegou que, em sua confissão anterior, foi coagido por delegados da Polícia Civil, sustentando que sua intenção era proteger a esposa, a delegada Ana Paula Balbino.
Renê também enfrentou questionamentos sobre sua primeira versão dos fatos, na qual negou estar armado, e justificou dizendo que se absteve de comentar a situação sob orientação legal.
O dia do crime é relembrado com diferentes relatos. Renê declarou que não houve conflitos com a motorista do caminhão de lixo, enquanto Eledias Aparecida Rodrigues, a motorista, contradiz essa versão, afirmando que Renê se comportou de forma agressiva e chegou a ameaçá-la.
Após o incidente, Renê seguiu com sua rotina normalmente, indo ao trabalho, passeando com seus cães e se dirigindo à academia antes de ser preso. Ele afirmou estar com a consciência limpa e se recusou a pedir desculpas à família de Laudemir, alegando não ter cometido o crime.
A Polícia Civil de Minas Gerais revelou que a arma utilizada no homicídio está registrada em nome da delegada Ana Paula Balbino. Renê afirmou que pegou a pistola sem o conhecimento dela. A delegada, por sua vez, está sob investigação da Corregedoria-Geral da Polícia Civil.
*Fonte: BHAZ*
*Foto: BHAZ*


















