No Dia Mundial de Luta contra a Aids, Minas Gerais acende um sinal importante: o estado registra quase 9 mil diagnósticos de HIV entre 2024 e 2025, o equivalente a cerca de 13 novos casos por dia. A campanha Dezembro Vermelho reforça a urgência da prevenção, do diagnóstico precoce e da continuidade do tratamento — ações essenciais diante do avanço das infecções entre jovens adultos.
A história de Diego Tavares, de 49 anos, revela como o acesso rápido ao tratamento transforma vidas. Seis meses após receber o diagnóstico, sua carga viral está indetectável, o que significa que ele não transmite o vírus e segue a vida normalmente. A experiência dele ilustra os avanços da rede assistencial mineira, que hoje acompanha mais de 63 mil pessoas em terapia antirretroviral e ampliou, nos últimos anos, os serviços especializados, as ações de prevenção e a distribuição de medicamentos.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), 76% dos novos diagnósticos são de homens entre 20 e 49 anos. A rede estadual atua para fortalecer estratégias como PrEP, PEP, testagem ampliada e acompanhamento humanizado. A instalação de máquinas dispensadoras de PrEP e a expansão de serviços de Atenção Especializada também fazem parte do esforço para reduzir novas infecções e garantir que cada paciente tenha acesso contínuo ao cuidado.
A referência técnica Cecília Oliveira reforça que a testagem é a porta de entrada mais importante. Em situações de risco ou relação sexual sem proteção, procurar imediatamente uma unidade de saúde permite interromper a cadeia de transmissão e iniciar o tratamento no momento certo. Em Minas, 74 serviços especializados, maternidades preparadas e unidades de atendimento à violência sexual compõem essa rede de cuidado.
O estado também segue investindo na ampliação da PrEP, agora com o programa Amplia PrEP, que leva a profilaxia a mais municípios e inclui até o envio por Correios, facilitando o acesso de quem mais precisa.
Mais do que números, o Dezembro Vermelho reforça que viver com HIV é possível e que a informação continua sendo uma das maiores ferramentas para salvar vidas. O diagnóstico precoce, o tratamento contínuo e a prevenção combinada formam a base para controlar a epidemia no estado.
Foto: Divulgação / Carol Souza / SES-MG
Fonte: O Tempo — 01/12/2025
