O ano de 2025 marcou uma virada no mercado automotivo, com lançamentos que reforçaram a aceleração da eletrificação, elevaram o patamar de performance e reposicionaram marcas. De compactos elétricos acessíveis a hipercarros experimentais, a indústria mostrou que a próxima década será definida por software, autonomia e novas experiências de direção. Entre os destaques estão modelos que se tornaram referências de preço, design ou desempenho — e outros que prometem movimentar 2026.
Entre os veículos que mais chamaram atenção em 2025 estão o BYD Dolphin Surf, que colocou um elétrico de entrada no centro da disputa europeia por preços agressivos; o Skoda Elroq, que se consolidou como um SUV elétrico “pé no chão” com boa autonomia; e o Fiat Grande Panda, que ressuscitou um ícone em nova família híbrida e elétrica com foco em custo-benefício. A Dacia apostou no Bigster, SUV espaçoso e barato, enquanto a BYD expandiu sua ofensiva global com o Sealion 7, posicionado para competir no segmento familiar médio.
Na fronteira entre performance e espetáculo, o Yangwang U9 Xtreme quebrou recordes ao alcançar 496,22 km/h, tornando-se o carro de produção mais rápido do mundo, e mostrando o teto tecnológico que os elétricos podem atingir. Do outro lado da escala, a Alpine com o A290 e a Renault com o Renault 4 E-Tech trouxeram tradição e apelo de design para a era elétrica, enquanto a Abarth reforçou sua identidade esportiva com o 600e. A Suzuki entrou de vez na eletrificação de massa com o e-Vitara, mirando mercados de grande volume.
Para 2026, a lista de lançamentos a observar inclui o Alpine A390, um SUV elétrico com perfil esportivo e autonomia estendida; o Renault Twingo E-Tech, pensado como city car elétrico acessível; e o VW ID. Polo (ex-ID.2), cuja chegada determinará parte da disputa por elétricos populares na Europa.
Além dos modelos já citados, 2025 também teve surpresas locais, como o superesportivo brasileiro Super Veloce Unico, que mistura tecnologia de pista com produção artesanal e preços elevados, evidenciando a diversidade do mercado atual — do elétrico barato ao hipercarro exclusivo.
No conjunto, 2025 reforçou dois movimentos claros: a democratização dos elétricos, com compactos mais acessíveis tornando-se arma estratégica das marcas, e a intensificação da busca por performance e diferenciação tecnológica em modelos de alto valor. Em 2026, a batalha deve continuar em todas as frentes — preço, autonomia, software, carregamento e experiência de direção.
Foto: Reprodução / O Globo
Texto: O Globo — Por Lucas Guimarães

















