A Polícia Civil concluiu a investigação sobre o assassinato de uma farmacêutica em Minas e apontou que uma médica teria ordenado o crime. Conforme o inquérito, o executor seria um vizinho da suspeita. Antes da execução, a vítima recebeu um pênis de borracha e uma carta escrita à mão, material enviado pela própria médica e entregue pelo homem acusado de realizar o homicídio.
A estratégia, segundo a apuração, tinha dois objetivos: tentar manchar a imagem da vítima e criar uma linha de investigação falsa. O motivo do crime, de acordo com os investigadores, estaria ligado ao relacionamento entre a médica e o ex-marido da farmacêutica, além do interesse da suspeita em assumir a guarda da filha do casal. A médica já havia sido envolvida em um caso de rapto de recém-nascido em uma maternidade da mesma região anos antes.
O inquérito será encaminhado à Justiça nos próximos dias. Tanto a médica quanto o vizinho estão presos desde 5 de novembro, após terem sido detidos em caráter temporário. Posteriormente, a Justiça converteu a prisão em preventiva. Um pedido de liberdade apresentado pela defesa da médica foi negado nesta semana por decisão monocrática do Tribunal de Justiça.
As investigações indicam que a motivação foi passional. O ex-companheiro relatou que encerrou a relação com a médica após notar comportamentos que o preocuparam, inclusive tentativas dela de se colocar como mãe da criança que ele tinha com a farmacêutica. A vítima teria passado a impedir a aproximação da filha quando o pai estava acompanhado da suspeita, temendo pela segurança da menina. Para a polícia, o crime foi planejado após o fim do relacionamento, com o objetivo de retomar o casamento e assumir o papel materno.
O assassinato foi praticado pelo vizinho da médica, que permanece preso. Ambos foram capturados em Goiás no início de novembro. A Polícia Civil solicitou a conversão da prisão temporária em preventiva, o que foi acatado, mantendo os dois detidos até o encerramento das investigações e do processo judicial.















