A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu preventivamente, nesta quinta-feira (11), um homem apontado como principal responsável por um esquema que usava falsas assistências técnicas para aplicar golpes em consumidores. Mais de 200 vítimas já foram identificadas, a maioria idosos.
A ação integra a Operação Gelo Seco, iniciada em fevereiro após a denúncia de uma mulher de 66 anos. Desde então, a 1ª Delegacia de Belo Horizonte investiga a atuação do grupo, que teria mantido uma estrutura organizada para enganar clientes em busca de reparo de eletrodomésticos.
Na etapa anterior da operação, policiais cumpriram sete mandados de busca e apreensão e recolheram celulares, notebook, documentos, um carimbo empresarial e até uma camisa com identificação da suposta autorizada — materiais que eram usados para dar aparência de legitimidade ao golpe.
O suspeito preso foi encaminhado para o sistema prisional e permanece à disposição da Justiça. A identidade dele não foi divulgada.
Como funcionava o golpe
Segundo as investigações, o grupo publicava anúncios e criava sites que se apresentavam como autorizadas de marcas conhecidas. Uma pequena central de atendimento atendia as vítimas, enquanto falsos técnicos usavam roupas e materiais com logomarcas inexistentes para passar credibilidade.
As vítimas pagavam por serviços que nunca eram realizados, ou eram feitos apenas de forma simulada. Para receber os valores, os suspeitos utilizavam contas abertas em nome de “laranjas” e máquinas de cartão vinculadas a terceiros, dificultando o rastreamento.
A operação segue em andamento para identificar outros envolvidos e ampliar o mapeamento das vítimas.
Crédito: Polícia Civil de Minas Gerais / g1 Minas
















