O Brasil vive um aumento preocupante de acidentes com escorpiões, com mais de 173 mil casos registrados em 2025 e mais de 200 mortes confirmadas até agora. Apesar de 2024 ter registrado um número maior de ocorrências, a taxa de letalidade aumentou, acendendo um alerta entre especialistas em saúde pública.
Crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2023, o país chegou a 430 óbitos por acidentes com escorpiões, o maior número da série histórica dos últimos dez anos. A expansão urbana desordenada, o aumento das temperaturas e o acúmulo de lixo ajudam a explicar a maior presença do animal nas cidades.
Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a incidência aumenta entre setembro e fevereiro, período mais quente. Já no Norte e Nordeste, os acidentes podem ocorrer durante todo o ano.
O que fazer em caso de picada
Especialistas orientam que a vítima procure atendimento médico imediato. Não devem ser usados torniquetes, gelo, pomadas, cortes ou sucção no local da picada. Lavar a área com água e sabão e utilizar compressas mornas pode ajudar até a chegada ao serviço de saúde, onde será avaliada a necessidade do soro antiescorpiônico.
O veneno pode causar desde dor intensa até sintomas graves, como vômitos, sudorese, taquicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar e morte, dependendo da gravidade do caso.
Como evitar escorpiões em casa
O Instituto Butantan recomenda manter lixo bem fechado, evitar acúmulo de entulho, folhas e materiais de construção, vedar ralos, frestas e buracos em paredes, além de sacudir roupas e calçados antes de usar. Também é importante afastar camas e móveis das paredes e usar luvas e calçados em áreas de risco.
Especialistas reforçam que escorpiões nunca devem ser manuseados. Caso seja necessário capturá-los, o correto é usar objetos longos e encaminhar o animal ao Centro de Controle de Zoonoses do município.
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Fonte da matéria: @g1
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