Ficar muito tempo sem sexo faz mal? Medicina esclarece o que é mito e o que é fato

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

A dúvida é comum em consultórios médicos e conversas do dia a dia: ficar sem sexo pode prejudicar a saúde? De acordo com pesquisas científicas e especialistas da área da saúde, a resposta é clara: não há evidências de que a abstinência sexual, por si só, cause danos físicos ao organismo.

Estudos analisando sexualidade, bem-estar e indicadores de saúde mostram que uma pessoa saudável pode passar meses ou até anos sem atividade sexual sem prejuízo direto ao corpo. Especialistas explicam que muitos benefícios associados ao sexo — como menor estresse ou melhor saúde cardiovascular — estão ligados ao estilo de vida como um todo, e não exclusivamente à prática sexual.

Pesquisas publicadas em revistas científicas internacionais indicam que pessoas fisicamente ativas, com boa saúde mental, sono regulado e relações satisfatórias tendem também a ter vida sexual mais frequente. No entanto, os próprios estudos ressaltam: associação não significa causa.

Durante o sexo e o orgasmo, há liberação de hormônios como endorfina, oxitocina e dopamina, responsáveis por sensações de prazer e bem-estar. Esses efeitos são reais, mas temporários, não configurando uma proteção duradoura contra doenças.

No caso da saúde íntima feminina, médicos afirmam que ficar sem sexo não altera o pH vaginal, não aumenta infecções e não compromete a lubrificação basal. Esses fatores estão mais relacionados ao equilíbrio hormonal, à microbiota vaginal e ao estilo de vida. Já na menopausa, sintomas como ressecamento e dor estão ligados à queda do estrogênio, independentemente da frequência sexual.

A masturbação também entra nesse contexto. Do ponto de vista fisiológico, ela pode proporcionar parte dos efeitos do sexo, como aumento do fluxo sanguíneo e relaxamento. O que muda são os aspectos emocionais e relacionais, como vínculo e intimidade.

Especialistas destacam que o impacto mais relevante da falta de sexo costuma ser emocional, e não físico. O sofrimento aparece, principalmente, quando há desejo não correspondido, conflitos no relacionamento ou sensação de rejeição. Não existe uma frequência “normal” ou ideal: cada pessoa e cada casal encontra seu próprio ritmo ao longo da vida.

⚠️ Conteúdo informativo sobre saúde e sexualidade, com base científica e sem incentivo a comportamentos de risco.

Fonte da matéria: g1

Fonte da foto: Freepik / Pexels

Encontre uma reportagem