O Governo de Minas Gerais voltou a confirmar que as obras do Rodoanel Metropolitano da Região Metropolitana de Belo Horizonte devem começar no primeiro semestre de 2026. A informação foi reforçada pelo secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Bruno, em entrevista à Itatiaia.
O projeto é considerado uma das maiores intervenções de mobilidade urbana da história da Grande BH e tem como principal objetivo retirar cerca de 5 mil caminhões por dia do Anel Rodoviário, reduzindo congestionamentos, acidentes e o tempo de deslocamento em cidades como Belo Horizonte, Betim e Contagem. Segundo o secretário, a obra pode impactar diretamente a vida de aproximadamente seis milhões de pessoas.
Apesar das promessas anteriores — que apontavam início das obras em 2024 e depois em 2025 — o empreendimento segue travado por entraves, principalmente relacionados ao licenciamento ambiental. A Justiça Federal suspendeu a licença concedida à concessionária, apontando a necessidade de consulta prévia a comunidades quilombolas afetadas pelo traçado. O governo afirma que há uma mesa de conciliação em andamento e novas reuniões previstas para janeiro.
Outro desafio tem sido o diálogo com municípios atravessados pelo traçado. Betim já sinalizou apoio após ajustes no projeto, enquanto Contagem segue defendendo mudanças para reduzir impactos ambientais e urbanos, especialmente na região da Várzea das Flores.
Mesmo com as pendências, o governo estadual mantém o cronograma para 2026. A obra será executada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), com investimento de R$ 3,07 bilhões, recursos oriundos do acordo firmado com a Vale após o rompimento da barragem de Brumadinho. O Rodoanel terá cerca de 70 quilômetros na primeira fase, duas faixas por sentido, acostamento em todo o trecho e controle total de acessos.
O projeto é uma das principais apostas da gestão de Romeu Zema para melhorar a mobilidade e a logística na Região Metropolitana. Fonte: Itatiaia. Crédito da imagem: Reprodução.















