Três vereadores de Belo Horizonte se uniram para assinar, nesta quarta-feira (15), um projeto de resolução que derruba o decreto que obriga o retorno das máscaras em locais fechados na capital mineira.
Desde terça-feira (14), passou a ser obrigatório o uso de máscaras em todos os ambientes fechados de Belo Horizonte. O decreto com as novas regras foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM).
A obrigação será, inicialmente, até o dia 31 de julho, considerando o período estimado para diminuição da incidência de casos respiratórios na capital.
O projeto, assinado pela vereadora Flavia Borjão (PP), Fernanda Pereira Altoé (Novo) e Nikolas Ferreira (PL), aponta que as medidas adotadas seriam incoerentes com os dados divulgados pela própria Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). “Os dados, os fundamentos não condizem com a verdade dos números e que a própria prefeitura apresentou”, disse a vereadora Fernanda.
“Mesmo com 100% dos belo-horizontinos com mais de 12 anos vacinados com a 2ª dose (ou dose única) e 80,1% com a dose de reforço, voltamos com a obrigatoriedade de máscara”, acrescentou.
O vereador Nikolas Ferreira lembrou que o tema já tinha sido alvo de um outro projeto discutido na Câmara e, por ser projeto de resolução, deve ter uma tramitação mais rápida no Legislativo.
“O PL de resolução tem uma tramitação diferenciada. É feita uma comissão especial para analisar a proposta, ele é votado e depois segue para o plenário”, explica Nikolas.
O que diz a prefeitura
A retomada da obrigatoriedade do uso de máscaras levou em consideração o aumento da positividade de testes, sendo que na semana entre 1º e 7 de maio foram realizados 6.531 exames, com taxa de positividade de 6%.
Segundo a PBH, Já entre o período de 29 de maio e 4 de junho de 2022, foram 20.964 testes, com 19% de positividade. Os exames foram realizados na rede própria do município.
A administração municipal ainda aponta que a incidência de Covid-19 também aumentou. De acordo com os dados do quantitativo acumulado em 14 dias, em 19 de maio o número de novos casos era de 112,9 por 100 mil habitantes.
De acordo com dados mais recentes, de 8 de junho, são 156 casos confirmados por 100 mil habitantes.
Além disso, a cobertura vacinal para o público infantil ainda está abaixo do esperado, com 57,1% de imunizados com a segunda dose.
Fonte: Itatiaia.