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Alta no diesel ‘eleva risco de colapso’ do transporte em Minas, diz federação

Por Dentro De Tudo:

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A alta de 14,2% no preço do litro do diesel nas distribuidoras, anunciada na última sexta-feira (17) pela Petrobras, “eleva o risco de colapso” do sistema público de transporte de passageiros em Minas Gerais. A declaração é da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado (Fetram), que divulgou, nesta segunda-feira (20), nota à imprensa. 

A entidade argumenta que o valor do combustível “superou o reajuste tarifário concedido ao sistema – que deveria ser para garantir a compensação dos aumentos dos principais insumos da planilha no último ano”.

Uma das cidades que pode ser afetada é a capital mineira. O valor da passagem em Belo Horizonte, de R$ 4,50, está em cheque desde o início deste ano. O valor não é reajustado desde 2018, apesar de previsão de alta para R$ 5,85 em contrato, que chegou a ser aventada à época.

Após embates entre o Legislativo, o Executivo e as empresas de transporte, um projeto de lei, que será votado nesta terça-feira (21), promete ampliar subsídios e impedir o aumento. 

“A estatal elevou o preço do diesel em 14,26%, passando o preço médio do litro vendido nas refinarias para as empresas de R$ 5,85 para R$ 6,68. Considerando que a alta acumulada no preço do óleo diesel nas refinarias de outubro de 2021 até o momento chegou a 83,33%, o que por si só acarreta um impacto médio de 26,67% de acréscimo no custo operacional do sistema (considerando o peso do item óleo diesel vigente de 32% da estrutura final de custos)”, diz a Fetram. 

“Nada justifica neste momento de crise, um aumento abusivo nos preços como esse, e que, o aumento vai prejudicar ainda mais a categoria que já vinha sofrendo com o valor atual do combustível, além de vir de uma retomada de uma crise sem precedentes na nossa história, no enfrentamento da pandemia da Covid-19”, completa. 

Alta no diesel afeta cadeia de produção e preços ao consumidor

Ao contrário do que ocorre com o preço da gasolina, as altas no valor do diesel corroem o orçamento do consumidor na ponta da cadeia de produção de produtos e serviços. Com o encarecimento do frete e do transporte de mercadorias, que são diretamente ligados ao derivado do petróleo, os preços, indiretamente, também sobem em cascata.

Isto ocorre porque os custos adicionais para abastecimento das carretas e caminhões acabam repassados, refletindo em uma escalada de aumento em todas as etapas da cadeia produtiva. O processo inflacionário começa, inclusive, na venda de diesel, gasolina e etanol nos postos de combustíveis.

Um dos exemplos que mais pesam no bolso é o alimento. Insumos no supermercado ficam mais caros gradualmente quando, na ponta, em especial com o transporte, também encarece. O mesmo ocorre em bares e restaurantes, que sentem a longo prazo a alta.

Fonte: O Tempo.

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